Rio Grande do Sul

Movimentos Sociais

Assembleias marcam encerramento do Fórum Social das Resistências e Justiça e Democracia

Plenária final reuniu Convergências do Fórum das Resistências; Fórum Justiça e Democracia teve assembleia na Câmara

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Assembleia Pública de Convergências reuniu os debates e propostas de todas as mesas e eixos do FSR - Foto: Katia Marko

Foram realizadas neste sábado (30) as atividades que marcaram o encerramento do Fórum Social das Resistências (FSR) e do Fórum Social Mundial Justiça e Democracia (FSMJD).

:: Durante os dias do evento, a equipe do BdF RS realizou a cobertura de diversas mesas e debates, confira neste link ::

O FSR concluiu os trabalhos de 2022 com uma Assembleia Pública das Convergências, no Auditório da Fetrafi, que reuniu as deliberações dos 13 eixos de convergências que nortearam as atividades do FSR este ano.

Já o FSMJD organizou uma Assembleia, realizada na Câmara Municipal de Porto Alegre. O Comitê Facilitador do FSMJD informa que a partir desta atividade está sendo elaborada a Carta Final, que será divulgada na terça-feira (3).


Assembleia do FSMJD aconteceu na Câmara de Vereadores de Porto Alegre; Carta Final será divulgada na terça-feira (3) / Reprodução

Assembleia Pública visa construir uma agenda comum de lutas

A Assembleia Pública de Convergências do FSR iniciou com uma fala de Mauri Cruz, integrante da organização do evento e representante da Associação Brasileira de ONGs (ABONG). Ele explicou que o FSR nasceu em 2017 para articular os movimentos durante o período de resistência ao golpe contra o governo Dilma. Nesse processo, relata que surgiu a necessidade de criar um processo de diálogo entre os movimentos que permitisse a articulação permanente.


Mauri Cruz (ABONG) fez a fala inicial contextualizando os objetivos da Assembleia Pública de Convergências do FSR / Foto: Katia Marko

Também afirmou que a grande quantidade de atividades que se realizam durante os Fóruns acaba por restringir a participação do grande público. Portanto, a forma de organização através das Assembleias de Convergências permite a segmentação dos participantes, de forma que a Assembleia Pública passa a ser o momento de troca entre as convergências, compartilhando as discussões e, principalmente, as principais propostas.

"A ideia do Fórum Social das Resistências é nós discutirmos uma agenda de mobilização para o próximo período. Por óbvio, nesse ano de 2022, ela vai estar permeada pelo processo político eleitoral. O debate que a gente fez foi sob o ponto de vista dos direitos inegociáveis", afirmou, acrescentando que na Assembleia se parte para a escuta do que foi discutido para o comprometimento coletivo com as agendas.

Confira a transmissão da Assembleia Pública de Convergências (as falas começam a partir dos 19min):

Segunda parte da Assembleia Pública de Convergências:

Sobre os Fóruns Sociais em Porto Alegre

O Fórum Social das Resistências (FSR) e o Fórum Social Mundial Justiça (FSMJD) iniciaram na terça-feira (26) em Porto Alegre, com a marcha de abertura, com atividades presenciais e híbridas. Centenas de debates ocorreram até o sábado (30), quando aconteceu a plenária de encerramento que organizou um documento preparatório para o Fórum Social Mundial que será realizado no México entre os dias 1º e 6 de maio.

O FSMJD teve atividades focadas na transformação do sistema de justiça e na defesa da democracia, reunindo membros do judiciário com movimentos sociais para repensar as estruturas que perpetuam as desigualdades. Já o FSR trouxe movimentos sociais e organizações para debater saídas para as crises que se abatem sobre o mundo e o Brasil, que penalizam a população mais pobre e vulnerabilizada e o meio ambiente.


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Edição: Katia Marko