Rio Grande do Sul

Consumo Consciente

Feira de Economia Solidária do Dia das Mães retorna ao Largo Glênio Peres, em Porto Alegre

Empreendimentos econômicos solidários levam seus produtos ao público da Capital até este sábado (7)

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Após doze anos, a Feira de Economia Solidária do Dia das Mães está de volta ao Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre - Reprodução

A Feira de Economia Solidária do Dia das Mães está de volta ao Largo Glênio Peres, após 12 anos, em frente ao Mercado Público de Porto Alegre. Já em funcionamento, o espaço abre a oportunidade para uma rede de aproximadamente 250 trabalhadores integrantes de empreendimentos solidários exporem seus produtos numa região de intensa circulação de pessoas.

11ª edição da Feira estará no centro da Capital até este sábado (7), das 8h30 às 19h, exceto no sábado, quando fecha às 18h. Estão à venda produtos de artesanato, confecções e gêneros alimentícios da agricultura familiar.


Após 12 anos, a Feira de Economia Solidária do Dia das Mães está de volta ao Largo Glênio Peres / Reprodução

Conforme explica Daniela Pimentel, da Associação do Voluntariado e da Solidariedade (Avesol), os empreendimentos econômicos solidários são formados por mulheres em sua maioria, que se organizam de forma coletiva para o trabalho, realizando as etapas tanto da produção quanto da comercialização.

"Através do trabalho elas se engajam para se desenvolver e buscam uma outra forma de se relacionar com o meio ambiente. Uma forma em que a vida está no centro, e não necessariamente o lucro e o dinheiro", explica Daniela, ressaltando que estes grupos integram o Fórum Municipal de Economia Solidária de Porto Alegre (FMESPA). O Fórum é a entidade organizadora da Feira, contando com o apoio da Avesol.

Nesta edição, participam em sua maioria coletivos de artesanato, de confecções e da agricultura familiar, compreendendo população do meio rural e urbano. Daniela também ressalta que, do meio urbano, os grupos advém das regiões periféricas da Capital.

Feira é fruto de política pública municipal

Conforme explica a divulgação da Feira, o espaço nasceu como fruto de política pública municipal para a economia solidária e foi realizado anualmente entre os anos de 2000 a 2010, sempre em parceria entre o poder público e o FMESPA. Contudo, no final de 2010, uma alteração na legislação de uso do Largo Glênio Peres impediu a continuidade. Ressalta ainda que, em 2019, a Feira conseguiu retornar para o local. Porém, em 2020 e 2021, em função da pandemia, foi novamente interrompida.

A realização da Feira neste ano teve outro desafio: superar a situação de forte impacto causada pela pandemia dos empreendimentos econômicos solidários. Para isso, o FMESPA buscou articulação junto ao poder público e mandatos de vereadores da Capital. Também buscou recursos do Orçamento Participativo.

O Fórum conta que conseguiu arrecadar R$ 36 mil junto aos mandatos. Além disso, executou cerca de R$ 60 mil destinados pelo Orçamento Participativo, através da temática "Desenvolvimento Econômico, Tributação, Turismo e Trabalho".

Com esses valores, a Feira pode dispor de uma estrutura coberta de 800m² e 43 estandes de artesanato e confecção. Abriga 45 empreendimentos econômicos solidários, além de quatro estandes com produtos alimentícios.


:: Clique aqui para receber notícias do Brasil de Fato RS no seu Whatsapp ::

Edição: Marcelo Ferreira