A Feira de Economia Solidária do Dia das Mães está de volta ao Largo Glênio Peres, após 12 anos, em frente ao Mercado Público de Porto Alegre. Já em funcionamento, o espaço abre a oportunidade para uma rede de aproximadamente 250 trabalhadores integrantes de empreendimentos solidários exporem seus produtos numa região de intensa circulação de pessoas.
A 11ª edição da Feira estará no centro da Capital até este sábado (7), das 8h30 às 19h, exceto no sábado, quando fecha às 18h. Estão à venda produtos de artesanato, confecções e gêneros alimentícios da agricultura familiar.
Conforme explica Daniela Pimentel, da Associação do Voluntariado e da Solidariedade (Avesol), os empreendimentos econômicos solidários são formados por mulheres em sua maioria, que se organizam de forma coletiva para o trabalho, realizando as etapas tanto da produção quanto da comercialização.
"Através do trabalho elas se engajam para se desenvolver e buscam uma outra forma de se relacionar com o meio ambiente. Uma forma em que a vida está no centro, e não necessariamente o lucro e o dinheiro", explica Daniela, ressaltando que estes grupos integram o Fórum Municipal de Economia Solidária de Porto Alegre (FMESPA). O Fórum é a entidade organizadora da Feira, contando com o apoio da Avesol.
Nesta edição, participam em sua maioria coletivos de artesanato, de confecções e da agricultura familiar, compreendendo população do meio rural e urbano. Daniela também ressalta que, do meio urbano, os grupos advém das regiões periféricas da Capital.
Feira é fruto de política pública municipal
Conforme explica a divulgação da Feira, o espaço nasceu como fruto de política pública municipal para a economia solidária e foi realizado anualmente entre os anos de 2000 a 2010, sempre em parceria entre o poder público e o FMESPA. Contudo, no final de 2010, uma alteração na legislação de uso do Largo Glênio Peres impediu a continuidade. Ressalta ainda que, em 2019, a Feira conseguiu retornar para o local. Porém, em 2020 e 2021, em função da pandemia, foi novamente interrompida.
A realização da Feira neste ano teve outro desafio: superar a situação de forte impacto causada pela pandemia dos empreendimentos econômicos solidários. Para isso, o FMESPA buscou articulação junto ao poder público e mandatos de vereadores da Capital. Também buscou recursos do Orçamento Participativo.
O Fórum conta que conseguiu arrecadar R$ 36 mil junto aos mandatos. Além disso, executou cerca de R$ 60 mil destinados pelo Orçamento Participativo, através da temática "Desenvolvimento Econômico, Tributação, Turismo e Trabalho".
Com esses valores, a Feira pode dispor de uma estrutura coberta de 800m² e 43 estandes de artesanato e confecção. Abriga 45 empreendimentos econômicos solidários, além de quatro estandes com produtos alimentícios.
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Edição: Marcelo Ferreira