No sábado, dia 14 de maio, a partir das 8h30, acontece no Auditório Dante Barone, na Assembleia Legislativa do RS, o Seminário Final do projeto "Elas Por Elas - Nunca Mais Sem Nós”. O projeto foi lançado em fevereiro deste ano, numa parceria das secretarias municipais e Estadual de mulheres do PT, no RS e Secretaria Nacional de Mulheres.
Durante o período de sua realização, o projeto promoveu inúmeras atividades de formação política feminista e antirracista e capacitação em comunicação e ativismo digital para mulheres, em Porto Alegre e cidades de todas as regiões do estado como Cachoeirinha, Imbé, Charqueadas, Itatiba do Sul, Passo Fundo, Santa Maria e Vacaria.
De acordo com as organizadoras do projeto, a conquista do direito ao voto e dos direitos políticos para as mulheres não resolveu por si só a questão da sua representação política e da sua presença nos espaços de decisão. Durante todo o século XX e nessas mais de duas décadas do século XXI, esse tema permanece presente para as mulheres ao redor do mundo, e no Brasil não é diferente.
Apesar de todos os avanços e conquistas alcançadas em prol dos direitos políticos das mulheres no Brasil, com destaque para as políticas de ação afirmativa iniciadas na década de 1990 do século passado, e de forma mais significativa nas duas últimas eleições (2018 e 2020), garantindo percentual mínimo de 30% de vagas em chapas de candidaturas e financiamento destacado para candidaturas femininas, e de mulheres negras (2020), ainda assim, persiste uma sub-representação feminina nos espaços de poder político no país.
As brasileiras representam 52% da população geral, mas nos espaços de poder político a sua presença ainda é bastante tímida. Atualmente, no Congresso Nacional, as mulheres representam somente 15%. Destas, apenas 2% são mulheres negras.
O Rio Grande do Sul é o segundo estado com menor percentual de mulheres à frente de administrações municipais, conforme estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e da ONU Mulheres. Dos 497 municípios gaúchos, somente 34 são governados por mulheres, representando apenas 6,8%.
"O desafio da representação feminina não pode se encerrar com a eleição de mais mulheres, se faz necessário garantir que as mulheres possam exercer de forma plena seus mandatos, por meio da constituição de redes de fortalecimento e sustentação destas lideranças, bem como de empoderamento de outras mulheres para que surjam novas lideranças nesse processo", afirma a vereadora de Porto Alegre, Laura Sito (PT), apoiadora do projeto.
:: Clique aqui para receber notícias do Brasil de Fato RS no seu Whatsapp ::
Edição: Katia Marko