Rio Grande do Sul

Água e Saneamento

Sindiágua e Fórum em Defesa da Água entregam propostas a Lula para o saneamento público

Os representantes dos trabalhadores do setor solicitaram a revogação do novo marco regulatório do saneamento

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Sindiágua/RS e Fórum em Defesa da Água entregam pauta nacional a Lula - Foto: Ricardo Stuckert

Representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto do RS (Sindiágua/RS) e do Fórum em Defesa da Água e do Saneamento realizaram um encontro com o ex-presidente Lula, nesta quinta-feira (2), durante a sua passagem por Porto Alegre.

No encontro, o presidente do Sindiágua/RS, Arilson Wünsch, e o representante do Fórum, Felipe Mainardi, entregaram um documento contendo um resumo da pauta nacional do saneamento público. Segundo ele, o documento expressa prioridades elencadas pelos trabalhadores do setor, sugerindo diretrizes políticas que possam ser incorporadas em um plano de governo de uma possível gestão nacional. Foi sugerida também a revisão de procedimentos para a regulação dos serviços públicos de saneamento básico, de forma a manter o acesso universal a serviços de qualidade, seguros e sustentáveis.

Lula afirmou que estava recebendo a proposta da representação gaúcha em nome de todas as empresas públicas de saneamento do país, pois a pauta entregue contou com as contribuições da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) que abrange os trabalhadores de todo o país.

Luta pela Corsan pública esteve na pauta

O dirigente do Sindiágua tratou ainda sobre a possibilidade de privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). Falou sobre a posição do sindicato de manter a empresa pública e também sobre os planos de realizar uma mobilização batizada de “RS pela Água”, programada para acontecer em 28 de junho, em Porto Alegre.

Os representantes dos trabalhadores do setor solicitaram a revogação da Lei 14026/2020, o novo marco regulatório do saneamento. De acordo com eles, essa legislação foi aprovada às pressas em meio à pandemia e sem participação social, forçando a entrega do setor do saneamento à exploração privada, o que deve fragilizar os municípios e atingir a população mais vulnerável.

“Assim como é fundamental revisar a reforma trabalhista, recolocar os pobres no orçamento, corrigir rumos em vários setores estratégicos, revisar e adequar a nova lei do saneamento também é prioridade”, completou Wünsch.

O documento entregue aponta para as prioridades no abastecimento de água e esgotamento sanitário com ênfase nas áreas com infraestrutura precária, manejo das águas pluviais frente aos desastres recentes, orientações na política de gestão dos resíduos sólidos e integração à política nacional do setor.


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Edição: Katia Marko