Minas Gerais

MOBILIZAÇÃO

UFMG participa de campanha contra cortes do governo Bolsonaro na educação e na ciência

Reitora afirma que luta em defesa da universidade é de todo o povo brasileiro

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
UFMG teve o orçamento previsto para 2022 semelhante ao executado em 2008 - Foto: Lucas Braga/UFMG

Em resposta ao anúncio de novos cortes orçamentários nas universidades públicas, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) se soma à campanha “Não aos cortes em educação e ciência”, organizada por entidades científicas e acadêmicas do país.

Como parte da iniciativa, nesta terça-feira (21), a instituição realizou dois painéis virtuais para sensibilizar a comunidade acadêmica e a sociedade sobre a importância da valorização das instituições públicas de ensino. 

Universidades em risco

Após manifestações e protestos contra o contingenciamento de 14,5% do orçamento da educação, pelo governo Bolsonaro, anunciado no dia 27 de maio, o Ministério da Educação (MEC) informou, no dia 3 de junho, que o governo reduziu para R$ 1,6 bilhões o corte de verbas nas universidades e institutos federais. Inicialmente, o impacto seria de mais de R$ 3 bilhões.

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Ainda assim, as instituições de ensino criticam a medida. Isso porque muitas delas já vinham funcionando com recursos reduzidos. Esse é o caso da UFMG, que teve o orçamento previsto para 2022 semelhante ao executado em 2008. 

“Luta é do povo brasileiro”, afirma reitora

O painel “Sem presente, sem futuro: educação e ciência em risco”, que aconteceu na tarde desta terça (21), refletiu sobre a relevância das atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas pela universidade. 

O encontro contou com a participação da reitora da UFMG, Sandra Goulart, e dos professores Fernando Reis, pró-reitor de Pesquisa da UFMG, Natacha Rena, da Escola de Arquitetura da UFMG, Lívia Pancrácio de Errico, da Escola de Enfermagem da UFMG, e Francisco de Paula Antunes Lima, da Escola de Engenharia da UFMG.

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“Durante a pandemia, a educação se mostrou imprescindível para que possamos dar melhoria de vida para a população e atender às demandas do estado. Não aos cortes na educação e na ciência! Porque sem educação e sem ciência não há presente e nem futuro”, afirmou Sandra Goulart.

A reitora disse ainda que a luta em defesa das instituições públicas de ensino não deve ser apenas das comunidades acadêmicas, mas sim, de todo o povo brasileiro.

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“Os impactos desses cortes serão sentidos não apenas pelas atividades da nossa instituição, mas, principalmente, em todas as ações que fazemos em prol da sociedade e das demandas do povo”, completou. 

Programação segue

Ainda nesta terça (21), até às 20h, a UFMG também realiza o painel “Educação e ciência em risco: essencialidade da ciência para a educação básica”.

Para saber a programação completa da campanha, acesse o site da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Para assistir na íntegra os painéis, acesse os canais no YouTube da Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC) e da Pró-reitoria de Extensão da UFMG (PROEX).

 


 

Edição: Larissa Costa