Rio Grande do Sul

INFLAÇÃO

Cesta básica de Porto Alegre tem leve queda em junho e passa a custar R$ 754,19

Apesar da queda de 1,9% no mês, a cesta básica na capital gaúcha acumula alta de 10,44% desde o início do ano

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Porto Alegre segue tendo a terceira cesta básica mais cara entre as cidades avaliadas pelo Dieese. - Tânia Rego/Agência Brasil

Ficou mais caro o porto-alegrense tomar o tradicional café com leite nos últimos 12 meses, isso porque ambos os produtos registraram aumento de 21,62% e 50,28%, de acordo com a  tomada de preços realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Contudo, a cesta básica de alimentos em Porto Alegre registrou uma queda de 1,9% no mês de junho, em comparação com o mês anterior. O que não retirou da cidade a terceira posição de cesta básica mais cara entre as 17 capitais apuradas pela entidade, no valor de  R$ 642,31.

De acordo com o Dieese, dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais, oito ficaram mais baratos na Capital: o tomate (-8,05%), a batata (-4,98%), a banana (-4,48%), a carne (-2,65%), o feijão (-2,57%), o pão (-0,96%), o óleo de soja (-0,57%) e o arroz (-0,22%). Por outro lado, cinco itens ficaram mais caros: o leite (14,66%), café (2,84%), a manteiga (2,52%), a farinha de trigo (2,17%) o e o açúcar (0,22%).

Cesta subiu mais de 10% no primeiro semestre

No primeiro semestre de 2022, a cesta acumula alta de 10,44% em Porto Alegre. Os 13 produtos pesquisados registraram alta: a batata (54,41%), o leite (50,28%), a farinha de trigo (29,72%), o café (21,62%), o óleo de soja (21,04%), a banana (15,06%), o pão (14,77%), a manteiga (8,73%), o arroz (5,62%), a carne (3,99%), o feijão (2,57%), o açúcar (0,89%) e o tomate (0,61%). 

Em doze meses, a cesta básica registrou alta de 17,42%, com 11 itens ficando mais caro: o café (73,31%), a batata (54,41%), o tomate (45,74%), o leite (44,45%), a farinha de trigo (29,72%), o açúcar (26,26%), banana (28,97%), o óleo de soja (28,88%), o pão (22,22%), a manteiga (15,19%) e a carne (5,52%). O arroz (-12,93%) e o feijão (-6,92%) ficaram mais baratos.

De acordo com a entidade, a jornada necessária para comprar a cesta básica é de 136 horas e 54 minutos. Já o salário Mínimo Necessário deveria ser de R$ 6.527,67, ou 5,39 vezes o mínimo atual de R$ 1.212.


Variação mensal, acumulada no ano Porto Alegre - junho de 2022 / Fonte: DIEESE

Custo aumentou em nove capitais

Em junho, o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em 9 das 17 Capitais. As maiores altas ocorreram no Nordeste, nas cidades de Fortaleza (4,54%), Natal (4,33%) e João Pessoa (3,36%). Oito cidades apresentaram reduções, sendo que as mais expressivas foram registradas no Sul: Porto Alegre (-1,90%), Curitiba (-1,74%) e Florianópolis (-1,51%).

São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 777,01), seguida por Florianópolis (R$ 760,41), Porto Alegre (R$ 754,19) e Rio de Janeiro (R$ 733,14). 

A comparação do valor da cesta entre junho de 2022 e junho de 2021 mostrou que todas as capitais tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 13,34%, em Vitória, e 26,54%, em Recife.

No ano de 2022, o custo da cesta básica apresentou alta em todas as cidades, com destaque para as variações de Natal (15,53%), Aracaju (15,03%), Recife (15,02%) e João Pessoa (14,86%).


Custo e variação da cesta básica em 17 capitais - Junho 2022 / Fonte: DIEESE


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Edição: Marcelo Ferreira