Paraná

VIOLÊNCIA POLÍTICA

Comissão pede criação de Força Tarefa para apurar crimes com motivos políticos no Paraná

Deputados acompanham investigações sobre assassinato do petista Marcelo Arruda pelo bolsonarista Jorge Guaranho

Curitiba (PR) |
O guarda municipal Marcelo Arruda foi morto com dois tiros à queima roupa, enquanto comemorava seus 50 anos - Reprodução Facebook

Desde o dia 11 de julho, uma Comissão Parlamentar acompanha as investigações do assassinato de Marcelo Arruda, guarda municipal e dirigente do PT de Foz do Iguaçu, cometido por Jorge Guaranho, policial penal federal bolsonarista. No último dia 25, os deputados entregaram um relatório preliminar de suas atividades à presidência da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

No documento, os parlamentares apresentam as diligências realizadas em Foz do Iguaçu e Curitiba, entre os dias 18 e 19, e apontam os encaminhamentos adotados pela Comissão, entre eles o pedido à Secretaria de Segurança Pública (SESP) de celeridade na perícia do celular do assassino Jorge Guaranho e análise das imagens das câmeras de segurança, incluindo leitura labial, e reforço na proteção de familiares e testemunhas.

A Comissão também propôs que a Alep apresente à SESP a sugestão da criação de uma Força Tarefa, pela Polícia Civil, para apuração de crimes envolvendo violência política e monitoramento de violência política praticada pela internet, especialmente ameaças, com o fortalecimento do Núcleo de Combate aos Cibercrimes na apuração de autoria, considerando que ameaças de natureza política não podem ser consideradas meras “piadas” ou “brincadeiras”.

A comissão é formada pelos deputados Arilson Chiorato (PT), líder da oposição; Tadeu Veneri (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos; e Delegado Jacovós (PL).

“A Comissão Parlamentar está cumprindo seu papel, com responsabilidade e transparência. [O assassinato de Marcelo] Foi um ataque contra a vida, motivado por intolerância política. A violência motivada por intolerância política precisa ser combatida e reprimida de todas as formas”, disse o deputado Arilson Chiorato.

Edição: Lia Bianchini