Rio de Janeiro

MANIFESTAÇÃO

No Rio, ato em defesa da democracia e contra cortes na educação reúne milhares de manifestantes

Chuva não espantou os estudantes que ocuparam as ruas do centro da capital fluminense com cartazes e palavras de ordem

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Manifestantes se reuniram na Praça da Candelária e caminharam até a Cinelândia - Foto: Jéssica Rodrigues

Milhares de pessoas ocuparam as ruas do centro do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (11) para defender a democracia, exigir eleições democráticas com urnas eletrônicas e pedir o fim dos cortes na educação.

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O ato, organizado pela União Estadual dos Estudantes (UEE) e outras entidades estudantis, reuniu políticos, membros de sindicatos e movimentos populares que caminharam um pouco mais de um quilômetro da Praça da Candelária até a Cinelândia. 

A data celebra também os 85 anos da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Debaixo de Chuva

Nem mesmo a chuva desanimou os manifestantes. Maíra Marinho, que integra o Levante Popular da Juventude, disse que é  fundamental a união de toda a população contra as recentes ameaças feitas à democracia pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Nós estamos nas ruas para defender o nosso direito à vida, a democracia e o direito de escolher nosso presidente", disse Maíra.

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Esteban Crescente, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Sintufrj), lembrou a importância das leituras das cartas em defesa da democracia que ocorreram nesta quinta-feira na parte da manhã em todo o país e também dos sucessivos cortes que a educação tem sofrido no atual governo.

"Só nos últimos dois meses foram R$ 7 bilhões de cortes no orçamento, ao mesmo tempo, o governo repassa  R$ 16 bilhões para orçamentos secretos [...] Por isso que o dia de hoje é o início de uma jornada contra o golpe", explicou o coordenador.


Concentração do ato ocorreu na Praça da Candelária / Foto: Jéssica Rodrigues

Já o secretário de organização da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carlos Souza, falou da necessidade de dialogar com a população para impedir retrocessos. "Até outubro as mobilizações e as ruas estarão lotadas por trabalhadores, estudantes e todos lutando pela democracia", finalizou.

Ao longo de todo o percurso, os manifestantes gritaram palavras de ordem. Entre as principais estavam: "Fora Bolsonaro", "Defendam a Educação" e "Poder para o Povo".

Segundo os movimentos populares, ao todo foram 86 atos em defesa da democracia em 49 cidades brasileira, incluindo as 26 capitais e o Distrito Federal.

 

Edição: Jaqueline Deister