Rio Grande do Sul

Monkeypox

RS tem mais de 100 casos confirmados da varíola dos macacos

Porto Alegre tem o maior número de casos, com 57; Secretaria de Saúde ainda investiga 286 casos suspeitos no estado

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Todas as pessoas que forem expostas ao vírus podem se infectar e desenvolver a doença, independentemente de idade, sexo ou outras características - AFP

De acordo com boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) nesta quinta-feira (1º), o Rio Grande do Sul já contabiliza 106 casos confirmados de varíola dos macacos distribuídos em 24 municípios. Porto Alegre é a cidade com o maior número de casos, com 57 confirmados. A SES ainda investiga 286 casos suspeitos.

Além da capital gaúcha há casos registrados nas cidades de Alvorada (1), Campinas do Sul (1), Campo Bom (2), Canoas (8), Carlos Barbosa (1), Caxias do Sul (4), Esteio (1), Farroupilha (1), Garibaldi (3), Gramado (3), Igrejinha (3), Marau (1), Monte Belo do Sul (1), Novo Hamburgo (5), Parobé (1), Passo Fundo (1), Santa Maria (1), Santo Ângelo (1), São Leopoldo (1), São Marcos (1), Sapiranga (1), Uruguaiana (2) e Viamão (5).

No último dia 18 de agosto, a pasta já havia confirmado a transmissão comunitária da monkeypox (varíola dos macacos). Na ocasião haviam confirmados 54 casos em todo estado.

Segundo a SES, os principais sintomas são erupção cutânea (lesões, bolhas, crostas) em diferentes formas. Podem afetar todo o corpo, incluindo rosto, palmas e plantas e órgãos genitais. Outros sintomas frequentes são febre, dor de cabeça, inchaço dos gânglios linfáticos, dor nas costas, dores musculares e falta de energia. 

Os pacientes diagnosticados devem receber líquidos e alimentos para manter o estado nutricional adequado e manter as lesões cutâneas limpas e secas. Todas as pessoas que forem expostas ao vírus podem se infectar e desenvolver a doença, independentemente de idade, sexo ou outras características.

O Ministério da Saúde incluiu a varíola dos macacos na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, nos serviços de saúde públicos e privados no Brasil. Com isso, todos os casos identificados devem ser reportados às autoridades sanitárias. A portaria com a decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira. O Brasil tem mais casos de varíola dos macacos do que todos os outros 26 países ou territórios da América Latina e Caribe que já detectaram a doença

Sobre a varíola

A monkeypox é causada por um vírus. Foi diagnosticada e identificada na década de 1960 primeiro em macacos, por isso ficou conhecida como “varíola dos macacos”. Essa doença tem caráter endêmico em alguns países da África Central e da África Ocidental.

Ao longo da história da saúde pública mundial, houve surtos em alguns países, como, por exemplo, nos Estados Unidos, mas com poucos casos. Neste ano foi identificado o primeiro grande surto em países não endêmicos, ou seja, países que não são da África Central e da África Ocidental, com circulação sustentada do vírus.

Transmissão, prevenção e tratamento

A principal forma de transmissão é por meio do contato pele com pele, secreções ou por objetos pessoais do paciente infectado. O período de incubação (tempo entre o contágio e o aparecimento de sintomas) é geralmente de seis a 13 dias, mas podendo chegar a 21. Inicialmente a pessoa apresenta febre, dor de cabeça intensa, dor nas costas e inchaço nos linfonodos (pescoço, axila ou virilha). Lesões na pele costumam surgir mais frequentemente na face e extremidades. 

Considerando que a transmissão ocorre por contato direto prolongado com pessoas infectadas ou por objetos contaminados (como toalhas, lençóis, talheres), recomendam-se como formas de prevenção o isolamento dos doentes (com uso de máscara) e a intensificação de medidas de higiene individuais (lavagem de mãos) e ambientais (desinfecção de superfícies de toque do paciente).

O Ministério da Saúde recebeu, na última sexta-feira (26) o primeiro lote do antiviral tecovirimat para tratar pacientes em estado grave de varíola dos macacos (monkeypox). Chegaram 12 tratamentos doados pela farmacêutica Siga Technologies, dos Estados Unidos, fabricante do medicamento.

*Com informações do Governo do Estado e Correio do Povo


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Edição: Marcelo Ferreira