Rio Grande do Sul

VIOLÊNCIA DE GÊNERO

Levante Feminista lança nota de repúdio contra fake News sobre feminicídio nas eleições de 2022

Em setembro, o presidente Jair Bolsonaro disse que o número de feminicídios teve uma queda de 7,7% em seu governo

Brasil de Fato | Porto Alegre |
O Levante Feminista surgiu da articulação de movimentos de mulheres indignadas com o número de feminicídios no Brasil - Foto: Divulgação

O coletivo nacional Levante Feminista divulgou nesta terça-feira (11) uma nota de repúdio contra declarações mentirosas sobre violência de gênero durante as eleições de 2022. Em setembro, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, disse que o número de feminicídios teve uma queda de 7,7% em seu governo. No entanto, a afirmação não condiz com a realidade. 

Os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FSB), contradizem o presidente. Segundo o instituto, entre 2019, quando Bolsonaro assumiu, e 2021, a quantidade anual de feminicídios diminuiu de 1.328 casos para 1.319, uma queda de 0,67%.

Confira a íntegra do documento:

"Violência e feminicídio não são pautas de costumes.

É a vida das mulheres!

A campanha eleitoral em curso no Brasil tem passado ao largo de um dos mais graves problemas deste país: o assassinato das mulheres por serem mulheres.

Cerca de 1350 são mortas ao ano, 4 ao dia, dezenas de milhares ao longo dos anos. No entanto, se a licença para bater e matar foi interrompida pela Lei Maria da Penha e pela Lei do Feminicídio, por que se continua batendo e matando mulheres? Por que o silêncio e a falta de compromissos?

Bolsonaro mente ao dizer que os feminicídios diminuíram. Há uma imensa subnotificação das mortes violentas de mulheres. É a banalização dos assassinatos pela ação e omissão do governo fascista que assola o Brasil.

Nós, mulheres brasileiras organizadas na campanha do Levante Feminista Contra o Feminicídio exigimos o compromisso com o fim da matança. Um país que tem ódio, onde se espalha armas, se desmonta políticas públicas e se mata mulheres, não é democrático nem poderá ser.

Basta de silêncio sobre o feminicídio! Chega de mentiras e omissão!

Não somos apenas um voto. Não somos apenas as beneficiárias de políticas públicas. Somos cidadãs e acreditamos que só um governo comprometido com as mulheres merece nosso apoio, por isso depositamos em Lula nossa esperança de barrar a barbárie.

Esta metade da população exige respeito!

Por nossas vidas, por todas nós, some-se a esta luta. Quem mata a mulher, mata a humanidade!

Campanha Levante Feminista Contra o Feminicídio"


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Edição: Katia Marko