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Serviço Público

UFPR leva informação à praça sobre desmonte do serviço público

Servidores apostam em atividades de rua para divulgar os ataques do governo federal

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Atividade Universidade na Praça aconteceu no dia 12 - Ana Caldas

Servidores públicos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) foram às ruas falar com a população sobre as medidas do governo federal contra a Universidade e o serviço público. No final da tarde do dia 12 (quarta), técnicos administrativos realizaram a atividade "Universidade na Praça" com o objetivo de denunciar os ataques do atual governo ao serviço público, em especial contra a educação. 

Esta foi a primeira atividade de uma agenda de mobilização nacional até o dia 18 de março, quando será deflagrada a greve geral do serviço público, construída pelo conjunto das centrais sindicais. Para o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Paraná (Sinditest-PR), Daniel Mittelbach, o primeiro dia foi para conversar com as pessoas sobre os impactos das medidas do governo no serviço público e as consequências no atendimento à população.

"Estamos dialogando com a população sobre os riscos que o serviço público, mas em especial as universidades públicas, correm com medidas tomadas pelo governo federal. Por exemplo, o mais recente "Plano Mais Brasil", apresentado pelo governo, que nada mais é que um conjunto de medidas traçados pelo Ministério da Economia que visam desmontar o serviço público."  

No panfleto distribuído pelos servidores à população, a explicação sobre as emendas apresentadas pelo governo à Constituição, com o objetivo de retirar direitos dos servidores públicos.  Entre as emendas, estão: a PEC Emergencial (PEC 186/2019), que traz a possibilidade de reduzir jornada e salários em até 25%; a PEC dos Fundos (PEC 187/2019), com a desindexação de despesas obrigatórias, inclusive com salários dos servidores, a possibilidade da retirada da folha de pessoal os gastos com servidores inativos e inclusão das despesas com saúde e educação.

E, ainda a PEC do Pacto Federativo (PEC 188/2019), que prevê a extinção de todos os fundos públicos e o uso do dinheiro existente nos fundo atuais para pagamento de dívidas. Mittelbach destaca que o conjunto de emendas é um ataque aos direitos dos servidores públicos que garantem o atendimento à população. "Trata-se de uma política de desmonte do serviço público. É extremamente importante que a população dialogue sobre isso, sobre o quanto isso impacta na sua vida", afirma. 

A mobilização faz parte das atividades previstas pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos
em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) contra o desmonte dos serviços públicos, dos cortes na educação, do sucateamento dos serviços públicos essenciais, como Saúde e Educação, que atendem as necessidades mais urgentes do povo. 

Edição: Pedro Carrano