Os primeiros a fechar, os últimos a serem reabertos. É assim que se veem os espaços públicos e privados de cultura. O novo coronavírus mudou o cenário fez com que os locais destinados a apresentações tivessem que se reinventar. É o caso do projeto Ecarta Musical, que há 15 anos abre suas portas para apresentações artísticas. Devido à covid-19, neste ano, as apresentações selecionadas em edital, contecerão virtualmente, a partir desse sábado (16). A primeira apresentação será de música gauchesca com a acordeonista Fofa Nobre apresentando Botonera.
Para sua apresentação, Fofa vem acompanhada da contrabaixista Tamiris Duarte, além de Patrícia Vargas, no violão, e Elizabeth Abreu, na bateria. No repertório há canções autorais e outras compostas por Débora Nobre, Neuro Júnior, Ramón Xisto Ríos e Gilberto Monteiro.
Para assistir, basta acompanhar pelo YouTube, Facebook ou Instragram da Ecarta. A transmissão inicia às 18h.
Sobre o Projeto
O Ecarta Musical, integra um dos cinco projetos permanentes da Fundação Ecarta. Instituído em 2005 tem como objetivo valorizar os músicos e a produção musical do Rio Grande do Sul. Os shows têm entrada franca e acontecem quinzenalmente, na sede da Ecarta em Porto Alegre, porém, em decorrência da pandemia do novo coronavírus, esta edição passa a ser transmitida virtualmente.
Em 2011, a Ecarta estendeu o projeto também ao interior do Estado. Além de show, o projeto promove palestra, debate, curso, entre outras atividades na área da música. O Ecarta Musical recebeu homenagem especial em 2015 no Prêmio Açorianos de Música pelo seu 10° ano de atividades ininterruptas, valorização dos artistas e formação de público. A Fundação Cultural e Assistencial Ecarta é uma entidade instituída pelo Sindicato dos Professores do Ensino Privado do RS (Sinpro/RS).
Sobre as artistas:
Fofa Nobre – toca acordeon desde a infância e conquistou destaques em vários rodeios e festivais, sendo tricampeã do Encontro de Artes e Tradição Gaúcha (Enart) e campeã do Rodeio Criolo Internacional de Vacaria. É pedagoga e foi a primeira professora no projeto Fábrica de Gaiteiros, onde segue formando crianças e adolescentes em gaita de botão. Há sete anos lançou seu primeiro CD intitulado Simples Assim.
Tamiris Duarte – além de contrabaixista, é compositora e tem mestrado em Performance Musical pela Unicamp (SP). Integra o grupo Três Marias e o coletivo de artistas da Pedra Redonda. Também acompanha o Mestre Tião Carvalho, a violinista Clarissa Ferreira e o músico nigeriano Ìdòwú Akínrúlí. Há três anos lançou o álbum Até Aqui e o repertório reúne os ritmos bumba-meu-boi, coco, baião e ijexá.
Patrícia Vargas - começou a tocar violão com nove anos de idade e aos 12 já atuava em grupos de música em Sertão, no interior do RS. Faz parte dos grupos Fandango Serrano e The Allpargatas. Atua também em projetos solo e acompanha as apresentações da Fábrica de Gaiteiros. Recentemente lançou o vídeoclipe Guitarreira do Planalto.
Elizabeth Abreu - baterista desde os 11 anos somando 19 de experiência na música. Além da bateria, canta e toca violão.
Edição: Marcelo Ferreira