Rio Grande do Sul

Dança

Coletivo Moebius realiza sessão extra de "Pode ser um SPAM" neste domingo (27)

Espetáculo de dança faz crítica aos usos das tecnologias no corpo, na sociedade e na política, em um contexto pandêmico

Brasil de Fato | Porto Alegre |
A peça foi construída em encontros virtuais, percebendo a relação corpo-espaço-tela - Foto: Gabriehl Oliveira

O Coletivo Moebius apresenta, neste domingo (27), às 20h, sessão extra do espetáculo "Pode ser um SPAM", a oitava montagem do grupo criado em 2014. Em cena, cinco performers, câmeras, projeções, iluminação e trilha sonora interagem e constroem com o público a experiência . A transmissão é pelo do canal do coletivo no Youtube.

Adaptada ao contexto pandêmico, em que o isolamento social se faz necessário, a peça foi construída em encontros virtuais, percebendo a relação corpo-espaço-tela. O espetáculo estreou em 11 de junho e fez três sessões transmitidas on-line no Youtube.

O projeto iniciou em 2016, quando foi contemplado em edital do Fundo Municipal de Apoio à Produção Artística e Cultural (Fumproarte) da cidade de Porto Alegre. Desde então, a sociedade brasileira vivenciou golpe, ocupações de universidades públicas, lama tóxica varrendo cidades e poluindo rios, incêndios florestais, assassinatos e prisões políticas, crimes de racismo, pandemias, fake news e uma eleição ganha via WhatsApp. A obra assume seu papel como espelho e como crítica aos usos das tecnologias no corpo, na sociedade e na política.

"Pode ser um SPAM" se baseia no fenômeno da simultaneidade de informações, na realidade aumentada e no imaginário das distopias. Reflete acerca da aceleração do uso dos smartphones e tecnologias que pautam a relação entre o fluxo de informações disponíveis nas redes virtuais e as interações físicas do sujeito no mundo.

A concepção e direção é do Coletivo Moebius, com assistência coreográfica de Douglas Jung. No elenco, estão Luíza Fischer, Patrícia Nardelli, Priya Mariana Konrad, Renata Stein, Sahaj. A trilha sonora é de Vitório O. Azevedo, iluminação de Carol Zimmer, criação de vídeos de Paula Pinheiro e figurino de Janaína Ferrari. A produção é de Ana Paula Reis/Bendita Cultura.

Ainda foi realizada uma oficina prática de introdução à pesquisa de movimento e produção de realidade para o público em geral. Também serão realizadas iniciativas integradoras direcionadas especialmente para os alunos da Escola Preparatória de Dança (EPD) do município, são elas: uma oficina prática, bem como uma sessão do espetáculo e um bate-papo com a participação dos integrantes do Coletivo Moebius.

Sobre o Coletivo Moebius

O Coletivo surge em 2014, composto por bailarinos de diferentes técnicas, atores e artistas, propondo fazer da diversidade a sua potência. Dando continuidade ao trabalho iniciado no Grupo Experimental de Dança de Porto Alegre (GED) no ano de 2013, o Coletivo segue pesquisando corpo e movimento e explorando a linguagem da dança contemporânea para construir o seu próprio vocabulário e as suas experiências em arte. 

Suas pesquisas já se desdobraram em obras como: “Procedimento 21+1” (2014), “Ìgbá: Exercício de contemplação” (2015-2016), “Medida Provisória” (2016-2017) e “(De)Colagem” (2018), “Poéticas sobre Morte/Tempo/Vida” (2018), “Ranhuras” (2018), “Três Canções” (2019), além de performances e oficinas. Em 2020 o Coletivo Moebius recebeu o Prêmio Açorianos em Dança na categoria destaque em dança contemporânea.


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Edição: Marcelo Ferreira