Rio Grande do Sul

ECONOMIA SOLIDÁRIA

Próxima edição da Feicoop será realizada entre os dias 14 e 17 de julho de 2022

A Organização das Nações Unidas (ONU) colocou para o próximo ano a questão da Economia Solidária como grande tema

Brasil de Fato | Santa Maria |
27ª Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop) foi presencial neste final de semana - Foto: Maiquel Rosauro

A 27ª Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop) foi concluída neste domingo (10), no Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter, em Santa Maria. No próximo ano, o evento voltará a ser realizado no mês de julho.

A Feira teve início de forma virtual, em 3 de outubro, sendo que a programação presencial ocorreu entre sexta (8) e domingo (10). Devido à pandemia de covid-19, apenas grupos de Economia Solidária do Rio Grande do Sul participaram da feira presencial, enquanto as atividades on-line tiveram participantes de todo país e do exterior.

Para evitar a proliferação da covid-19, a Feira teve entrada controlada. Expositores e feirantes usaram máscara de proteção facial e tiveram que apresentar comprovante de vacinação. Também era medida a temperatura das pessoas e disponibilizado álcool em gel tanto na entrada quanto nos pavilhões da Feira.

Também foi utilizado um equipamento, emprestado pelo Clube Recreativo Dores, que calculava o público que entrava e saia da Feicoop. A tecnologia foi fundamental para manter o distanciamento controlado, impedindo que mais de 1,2 mil pessoas circulassem, ao mesmo tempo, nos 8,5 mil m² de área coberta do evento.

"Além de ser aprendente e ensinante, a Feicoop se tornou uma Feira caminhante. Ela começou de um jeito e vai pela história se aprimorando, mantendo sintonia com a sua proposta e o seu lema: Construindo a sociedade do bem viver: por uma ética planetária", disse a coordenadora do Projeto Esperança/Cooesperança, irmã Lourdes Dill.

A partir de agora, já se começa a planejar a Feicoop 2022, com a construção de projetos para buscar emendas parlamentares para a estrutura da Feira, que terá encontros de formação, atividades culturais e a comercialização de produtos da Economia Solidária e Agricultura Familiar.

"A partir de agora, podemos, sim, pensar com muito interesse a 28ª Feicoop. E já temos a data. A Feira será de 14 a 17 de julho, quinta a domingo. E a edição on-line veio para ficar. Este ano, tivemos mais de 100 atividades em uma semana", afirma irmã Lourdes.

Na esperança de que a pandemia esteja sob controle em 2022, a expectativa é de voltar a fazer um grande evento, assim como foi em 2019.

"Temos como meta, ano que vem, fazer a maior Feira de toda a história e mostrar ao mundo que é possível se organizar, sobreviver e buscar a Economia Solidária como um grande caminho. Para 2022, a Organização das Nações Unidas (ONU) colocou como grande tema a questão da Economia Solidária e para nós isso é muito importante. Poderemos fazer um evento de nível mundial", disse a religiosa.

"Um sinal de como deve ser o Brasil pós-pandemia"

Entre os diversos participantes da 27ª Feicoop, estava o Frei Sérgio Goergen, de Hulha Negra/RS. Ela destacou a importância de retomar a Feicoop diante da pandemia.

"Essa crise toda provocada pela pandemia mostra que a economia neoliberal está fracassando e que a Economia Solidária está viva. É um sinal de como deve ser o Brasil pós-pandemia, o Brasil do futuro, que trabalha, produz e que precisa fazer circular essa mercadoria entre as pessoas mais necessitadas, os próprios trabalhadores", disse Frei Sérgio.

O religioso também destaca o caráter ecumênico do evento e o compara à doutrina social da Igreja Católica.

"A Feira da Economia Solidária é a concretização prática da doutrina social da Igreja Católica, embora seja muito ecumênica. E faz parte também da verdadeira Igreja de acolher o diferente. A Igreja não pode ser só discurso, tem que ter uma prática. Às vezes, dizem que é coisa muito de esquerda. Que bom se todas as ideologias colocassem em prática a doutrina social da Igreja. Seria bom para a sociedade", disse Frei Sérgio.

A Feira

A 27ª Feicoop é promovida pela Arquidiocese de Santa Maria via Banco da Esperança - Ação Social, Projeto Esperança/Cooesperança, Rede Esperança; Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Instituto Federal Farroupilha (IFFar), Prefeitura Municipal de Santa Maria, Cáritas Brasileira, Cáritas Rio Grande do Sul, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Comissão Pastoral da Terra no Rio Grande do Sul (CPT/RS), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), 6ª Semana Social Brasileira (6ª SSB), entre outros. O patrocínio é do Ministério da Cidadania e Sicredi Região Central/RS.


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Edição: Katia Marko