Rio Grande do Sul

IMPACTO AMBIENTAL

São Leopoldo deixou de emitir mais de 2 milhões de quilos de gás carbônico em 2021

Dado foi apresentado no 1º Encontro da Coleta Seletiva Participativa no dia 16 de dezembro no Teatro Municipal

Brasil de Fato | São Leopoldo |
Gestão Municipal apresenta dados de impacto ambiental resultado do trabalho das cooperativas de reciclagem - Foto: Ronaldo Schaeffer

A cidade de São Leopoldo deixou de emitir 2.019.369,645 kg de gás carbônico somente no ano de 2021. Esse é um dos gases poluentes responsável pelo efeito estufa e aquecimento global. O dado foi apresentado na quinta-feira (16), no 1º Encontro da Coleta Seletiva Participativa do município, organizado pela Secretaria de Municipal de Mobilidade e Serviços Urbanos. 

A atividade teve o intuito de reconhecer e valorizar o trabalho dos catadores. “Queremos valorizar o trabalho de vocês. Reduzimos mais de 2 milhões de quilos de gás carbônico graças ao trabalho das cooperativas. Se não houvesse esse trabalho, nós teríamos que ter plantado 14 mil árvores em 2021 para chegar nesse número”, argumentou o secretário municipal de Mobilidade e Serviços Urbanos, Sandro Lima, durante a atividade.


Durante a atividade foi entregue um certificado de valorização aos presidentes das cooperativas / Foto: Ronaldo Schaeffer

No início da tarde, trabalhadores e trabalhadoras de dez cooperativas de reciclagem e coleta se reuniram no Teatro Municipal de São Leopoldo, local que a maioria destes estavam conhecendo pela primeira vez. “Isso mostra o quanto a sociedade discrimina nosso povo trabalhador. As pessoas estarem aqui, conhecendo pela primeira vez é uma vitória. Na maioria das vezes as cidades têm espaços nobres, bonitos, que só os ricos podem entrar”, observou o prefeito Ary Vanazzi. 

Além de ocorrer num espaço de importância cultural, a atividade contou com uma apresentação lúdica do artista Gilnei Lucas, através do personagem Chacrinha, e do músico Leandro Rosa. “Além da ação social, de geração de trabalho e renda, de dar dignidade para as pessoas. Além melhorar a limpeza da cidade. Além de melhorar a economia em matéria prima, porque o material que é reciclado, é reaproveitado. Além disso tudo, a gente conseguiu ajudar o planeta", disse Sandro. 

Segundo a gestão municipal, a coleta seletiva em São Leopoldo ocorre desde 2005, e iniciou de forma compartilhada. Oito cooperativas estão em convênio com a Prefeitura Municipal que já investe por ano mais de 2 milhões de reais. Além disso, existem mais duas cooperativas que trabalham com reciclagem de óleo de cozinha e outros produtos. Entre essas, 50% são presididas ou coordenadas por mulheres. Uma das metas apontadas na encontro foi o empoderamento e emancipação feminina. “Queremos construir um movimento entorno da coleta seletiva, da gestão de resíduos, buscando o lixo zero, buscando a participação da sociedade, buscando o protagonismo e emancipação das mulheres para que com isso a gente construa um mundo melhor, que seja coletivo, que seja participativo”, apontou o secretário.

Em 2021, a média anual de reciclagem subiu de 7% para 9,5% no município. Para o prefeito, os cooperados são profetas de um mundo melhor. “O serviço que as cooperativas prestam para a humanidade e para o meio ambiente é de verdadeiros profetas. O cara que tem muito dinheiro hoje, suja o planeta. Ele não se preocupa com o planeta, não se preocupa com meio ambiente. A desgraça que estamos vivendo esse país afora, esse mundo afora, é fruto do descuido que as pessoas têm com a questão ambiental, com a água, com o ar”, argumentou.

Participaram da atividade representantes das cooperativas CooperFeitoria, Mãos Dadas, Univale, Santo Antônio, Nova Conquista, Fênix, Uniciclar, Vitória, Trabalho e Renda Atitude Feminina e Mundo Mais Limpo.


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Edição: Katia Marko