Rio Grande do Sul

Vida das Mulheres

Evento debate violência doméstica e familiar contra a mulher em São Borja (RS)

Roda de conversa com delegada do município será neste sábado (30), às 14 horas, no galpão de eventos do Sítio Preserva

Brasil de Fato | Porto Alegre |
A maioria das mulheres que vivem em áreas rurais tem difícil acesso e nem sempre recorrem aos serviços públicos disponíveis, quando necessitam de orientação e ajuda na prevenção e no enfrentamento da violência doméstica - Marcos Santos/USP

Neste sábado, 30 de abril, Dia Nacional da Mulher, ocorre no município de São Borja uma palestra da delegada da Policia Civil Elisandra Batista sobre “A violência doméstica e familiar contra a mulher nas cidades do interior e no meio rural". A atividade inicia às 14 horas, no galpão de eventos do Sítio Preserva, e será seguida de uma roda de conversa sobre o tema.

O evento é organizado em parceria entre Emater – Ascar São Borja, Comissão da Mulher Advogada - OAB/Subseção São Borja/RS e o Sítio Preserva Turismo Rural. As entidades recordam que o Dia Nacional da Mulher foi instituído em 1980, através da Lei nº 6.791, de 1980, com o objetivo de reforçar os direitos que as mulheres devem ter na sociedade. A data homenageia o nascimento de Jerônima Mesquita, enfermeira brasileira que liderou o movimento feminista no país, colaborou na criação do Conselho Nacional das Mulheres e foi a fundadora do Movimento Bandeirante, que tinha como principal objetivo estimular e proporcionar a inserção da mulher na sociedade em áreas diversas.

As organizadoras do evento entendem que os assuntos referentes aos direitos das mulheres devem estar em pauta constantemente, não apenas no dia 8 de março, quando é celebrado o Dia Internacional de Luta pelos Direitos das Mulheres, o que justifica a escolha da data. Além disso, consideram relevante que o tema alcance locais mais isolados e distantes dos centros urbanos.

Ao longo da história, as mulheres sempre estiveram em condições impostas pelo sistema patriarcal, de submissão e inferioridade, muitas vezes sujeitas a violências de variados tipos dentro de suas famílias, destaca a organização do debate. Nas cidades do interior, principalmente em áreas rurais, onde as residências são bem mais distantes umas das outras existem muitas mulheres que não participam de grupos sociais ou eventos e nem sempre possuem o acesso as redes sociais, dessa forma acabam não recebendo informações para se manterem atualizadas.

Sendo assim, a maioria das mulheres que vivem em áreas rurais têm difícil acesso e nem sempre recorrem aos serviços públicos disponíveis, quando necessitam de orientação e ajuda na prevenção e no enfrentamento da violência doméstica. Por essa razão, pontua a organização, sofrem sozinhas, isoladas e algumas vezes a violência chega a situação de feminicídio.

As ações que buscam levar conhecimento, orientação e informações a respeito de seus direitos e como acessá-los são essenciais no combate a violência doméstica e familiar contra a mulher, defendem. O principal objetivo do evento é trazer ao alcance de mulheres, principalmente das áreas rurais, conversas que as orientem e informem a respeito de como evitar a violência e como proceder caso ocorra, visando proporcionar segurança e dignidade.

São convidadas a participar do evento todas as mulheres, o público em geral, em especial as mulheres do meio rural, assistidas pela Emater, tais como agricultoras familiares, assentadas de reforma agrária, pescadoras artesanais e pecuaristas familiares. O ingresso é gratuito, sendo solicitado a quem puder levar como contribuição um alimento para ser dividido no lanche coletivo de confraternização que acontecerá no intervalo.


:: Clique aqui para receber notícias do Brasil de Fato RS no seu Whatsapp ::

Edição: Marcelo Ferreira