Rio Grande do Sul

VIOLÊNCIA ESCOLAR

Conselho de Psicologia do RS se manifesta sobre plano de massacre em escola de Santa Maria

Plano foi descoberto pela Polícia Civil no início do mês de julho; autor foi identificado como sendo um aluno de 13 anos

Brasil de Fato | Santa Maria |
À polícia, o aluno admitiu que planejava o massacre há cerca de um mês, pois estaria com raiva de alguns colegas - Foto: Polícia Civil

O Conselho de Psicologia do Rio Grande do Sul (CRPRS) se manifestou, na última quinta-feira (14), sobre o plano de massacre em escola na cidade de Santa Maria. O autor, de 13 anos, tinha como objetivo assassinar seis colegas de turma, uma professora e atear fogo na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Santa Helena, localizada no bairro Camobi. O plano foi descoberto pela Polícia Civil no início do mês de julho. 

Na nota, a entidade afirma "preocupação" com relação à violência escolar e reiterou a necessidade de "continuidade do processo de regulamentação da Lei 13.935/2019 e, portanto, da inserção de profissionais da Psicologia na/com a rede municipal de educação de Santa Maria, visando contribuir com a concretização de projetos voltados, dentre outros, para o enfrentamento da violência escolar, com a presença destes profissionais no cotidiano das escolas". A referida Lei vem sendo debatida no país após o episódio que ficou conhecido como massacre de Suzano, que matou dez pessoas na Escola Estadual Raul Brasil, no estado de São Paulo, em 2019. 

"A Psicologia, enquanto ciência e profissão, demarca e reforça neste pronunciamento, seu compromisso ético-político-social com a garantia de direito à educação de qualidade, o que inclui o enfrentamento às situações de violência, dispondo-se a desenvolver, juntamente com as instâncias gestoras da educação básica pública, diálogos e ações que se aliem a esse compromisso, em consonância com as demandas da escola e da sociedade contemporâneas", cita a nota do CRPRS.

Na quarta-feira (13), o conselho enviou um ofício à Câmara Municipal e à Secretaria Municipal de Educação do município, colocando-se à disposição para colaborar com o que for necessário. 

"Operação Vingança"

Na carta, intitulada "Operation Rache" (Operation significa operação, em inglês, e Rache, vingança em alemão), o adolescente desenhou a planta da escola, indicou a localização das câmeras de segurança e escreveu "molotov" nas duas saídas da instituição de ensino. Além disso, frases como: "arma (qualquer tipo), cianeto (se conseguir a arma, não será necessário), isqueiro ou fósforo, uma garrafa, álcool e uma faca" haviam sido escritas em inglês e alemão. No papel, também estava esboçado um símbolo nazista.

Na lateral direita da folha, havia a lista dos nomes dos alunos e da professora que seriam mortos. À polícia, o aluno admitiu que planejava o massacre há cerca de um mês, pois estaria com raiva de alguns colegas. O plano foi descoberto no dia 6 de julho pela 4ª Delegacia de Polícia de Santa Maria após uma pessoa ter encontrado o rascunho próximo à escola. A pessoa, após ver do que se tratava, entregou o plano para a 4ª DP. Os policiais foram até a instituição e conseguiram identificar o adolescente com a ajuda da direção e de professores. 


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Edição: Katia Marko