Rio de Janeiro

Crime eleitoral

TRE-RJ julga denúncia contra Rodrigo Amorim por violência política de gênero nesta terça (23)

Parlamentar foi denunciado por assediar, constranger e humilhar a vereadora da cidade de Niterói Benny Briolly

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Benny Briolly é a vereadora mais votada no município e a primeira vereadora travesti do estado do Rio de Janeiro - Foto: Reprodução

Nesta terça-feira (23), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro vai julgar a denúncia apresentada contra o deputado estadual Rodrigo Amorim (PTB) por violência política de gênero.

De acordo com a denúncia feita pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE-RJ) no dia 17 de maio, o parlamentar teria assediado, constrangido e humilhado a vereadora da cidade de Niterói, Benny Briolly (Psol).  Ela foi a vereadora mais votada no município nas últimas eleições e a primeira vereadora travesti do estado do Rio de Janeiro.

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Para a Procuradoria, o crime eleitoral teria como meta impedir e dificultar o desempenho do mandato da vereadora. A denúncia foi feita pelo órgão após Benny registrar uma ocorrência contra Rodrigo Amorim por racismo e transfobia.

No Código Eleitoral, o crime pelo qual Amorim será julgado tem penas previstas entre um e quatro anos de prisão e multa. Esse tipo de condenação, por decisões dos TREs, pode levar a inelegibilidade por oito anos.

As ofensas ocorreram durante uma discussão em uma sessão ordinária na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), entre Renata Souza (Psol) e Rodrigo Amorim. A deputada reclamou de interrupções e ofensas de parlamentares bolsonaristas, que vaiavam e gritavam palavras de ordem como: "lixo!".

Os ânimos se exaltaram, a sessão foi interrompida e, na volta, Rodrigo Amorim pediu a palavra para dizer:

“Vai xingar outro! Hoje, na Câmara Municipal, um vereador que parece um porco humano [Tarcísio Motta, do PSOL] tava lá chorando dizendo que eu era gordofóbico. Mas ela [Renata Souza] pode se referir aos outros como boi. Talvez não enxergue sua própria bancada, que tem lá em Niterói um boizebu, que é uma aberração da natureza, que é aquele ser que tá ali [Benny Briolly, do PSOL], e eles não enxergam”.

Edição: Mariana Pitasse