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Custo de Vida

Apesar de queda, cesta básica de Porto Alegre é a segunda mais cara do país

De janeiro a agosto de 2022, a cesta acumula alta de 9,54%, 10 produtos registraram alta, com destaque para o leite

Brasil de Fato | Porto Alegre |
De acordo com o Dieese, o valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 16 das 17 capitais onde a entidade realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos
De acordo com o Dieese, o valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 16 das 17 capitais onde a entidade realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos - Foto: Reprodução

No mês de agosto a cesta básica em Porto Alegre (RS) registrou queda de 0,63%, em relação ao mês anterior, passando a custar R$ 748,06. Apesar da queda, é a segunda mais cara entre as capitais do país, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que realiza a pesquisa em 17 capitais brasileiras. O café e o leite seguem como os alimentos que registraram maior aumento nos últimos 12 meses. 

De acordo com o Dieese, dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais, sete ficaram mais baratos: a batata (-18,65%), o leite (-4,97%), o feijão (-3,57%), o óleo de soja (-3,29%), o café (-0,33%), o pão (-0,24%) e o açúcar (-0,22%). Por outro lado, cinco itens ficaram mais caros: a manteiga (6,99%), o tomate (2,56%), a farinha de trigo (1,39%), o arroz (1,11%) e a carne (0,34%). A banana foi o único item que ficou estável. 

De janeiro a agosto de 2022, a cesta acumula alta de 9,54%. Dos 13 produtos pesquisados 10 registraram alta: o leite (81,05%), a farinha de trigo (33,76%), a manteiga (25,04%), a banana (24,71%), o café (22,37%), o pão (16,71%), o óleo de soja (10,81%), a batata (9,07%), o arroz (6,56%) e a carne (5,13%). O tomate (-21,66%), o feijão (-6,89%) e o açúcar (-0,67%) ficaram mais baratos.

Em 12 meses, a cesta básica registrou alta de 12,55%, 10 itens ficaram mais caros: o leite (67,80%), o café (53,63%), banana (34,86%), a farinha de trigo (33,03%), a manteiga (28,38%), o pão (20,27%), o óleo de soja (19,33%), o açúcar (11,53%), a batata (9,61%) e a carne (6,05%). O tomate (-12,45%), o feijão (-10,29%) e o arroz (-5,99%) ficaram mais baratos.

Cesta básica tem queda em 16 capitais 

De acordo com o Dieese, o valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 16 das 17 capitais onde a entidade realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre julho e agosto, as reduções mais expressivas ocorreram em Recife (-3,00%), Fortaleza (-2,26%), Belo Horizonte (-2,13%) e Brasília (-2,08%). A alta de 0,27% foi registrada em Belém. 

São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 749,78), seguida por Porto Alegre (R$ 748,06), Florianópolis (R$ 746,21) e Rio de Janeiro (R$ 717,82). Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 539,57), João Pessoa (R$ 568,21) e Salvador (R$ 576,93)

Salário Mínimo Necessário deveria ser cinco vezes maior

Segundo levantamento da entidade, em agosto de 2022, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 135 horas e 47 minutos, menor do que o registrado em julho, de 12 horas e 37 minutos. Em agosto de 2021, a jornada necessária era de 113 horas e 49 minutos.

Em relação ao salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, destaca que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em agosto de 2022, 58,54% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos, pouco menos do que em junho, quando precisou usar 59,27%.

Conforme destaca o Dieese, o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 6.298,91 ou 5,2 vezes o mínimo de R$ 1.212. 


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Edição: Katia Marko