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O dia está chegando!

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"Teremos paz, ou o ódio e a intolerância se espalharão definitivamente? Haverá diálogo entre governo e sociedade, ou o autoritarismo, a mentira e as fake news serão cada dia mais dominantes?" - Foto: Alice Marko
São menos de dez dias, que certamente estão entre os mais importantes da história brasileira

Outubro de 2022. Nunca mais vou-vamos esquecer. Que dias, que tempos!

Se as pesquisas do segundo turno das eleições para presidente estiverem corretas, temos um país dividido. A ponto de, a pouco mais de uma semana da eleição, não se poder dizer-afirmar-cravar quem vai ser vitorioso dia 30 de outubro, ainda que os resultados do primeiro turno e as próprias pesquisas do segundo turno indicarem a vitória de Lula.

Mas não é a divisão das últimas décadas e eleições: campo democrático-popular x social-democracia. Hoje, 2022, é, sem dúvida, sem tirar nem pôr, campo democrático-popular aliado a setores social-democratas e alguns liberais versus a extrema-direita e o neofascismo, estes contando, infelizmente, com alguns aliados outrora social-democratas, do MDB e PSDB. Esse é o quadro e o desenho político atual, o que torna o resultado eleitoral preocupante para os amantes da democracia.

É o que vai ser decidido dia 30 de outubro, a pergunta e a resposta de qual futuro está reservado para o Brasil e o povo brasileiro. Dependendo de quem for vitorioso, a paz e a solidariedade estarão em jogo, ausentes ou presentes. Assim como o combate à fome, à desigualdade, ao desemprego. E se haverá a garantia da democracia e a defesa da soberania nacional. Sem nunca esquecer as questões ambientais, ecológicas e a Amazônia.

Teremos paz, ou o ódio e a intolerância se espalharão definitivamente? Haverá diálogo entre governo e sociedade, ou o autoritarismo, a mentira e as fake news serão cada dia mais dominantes?

São menos de dez dias, que certamente estão entre os mais importantes da história brasileira. Não serão dias fáceis nem normais. Possivelmente, na última semana de campanha, crescerá a violência, o jogo sujo neofascista estará mais do que presente. E as forças democráticas e populares estarão nas ruas o dia inteiro, o tempo todo, para que vençam a verdade e a justiça, ´sem medo de ser feliz´.  

Há um tempo para cada coisa.

Há o tempo do amor e da paz,

há o tempo de sorrir largamente.

Há o tempo da solidariedade

e de ninguém soltar a mão de ninguém.

Mas pode haver também o tempo da raiva,

da violência,

do ódio e da intolerância,

da mão levantada contra a irmã e o irmão,

das armas e espadas ferirem a vida,

se não houver cuidado, olhar atento,

resistência ativa.

Estará chegando a esperança?

Estará sorrindo a vida?

Estará a criança com futuro?

Estarão trabalhadoras e trabalhadores com direitos?

Haverá madrugada com sol e alegria,

manhãs com cheiros e sabores de igualdade?

Há um tempo para amar.

Não há tempo para aRmar.

Há o tempo dos pobres, humilhados e ofendidos da História.

Não há tempo para os assassinos da História.

Não faltarão unidade,

fé, coragem na vitória da vida e da esperança.

Ressoarão, de norte a sul,

de leste a oeste,

os gritos e cantos de amanhã e luz,

os versos da liberdade,

da soberania e da democracia.

Um tempo novo está chegando.

Os abraços serão calorosos.

As bocas cantarão a justiça,

a ecologia integral,

o cuidado com a Casa Comum.

A fome será varrida do Mapa.

As casas serão embandeiradas de alegria.

As ruas respirarão felicidade.

O povo brasileiro,

neste tempo, nestes tempos,

estará vivo,

ressuscitado.

Dançará sem parar,

manhã, tarde, noite, madrugada.

E abraçará com carinho o mundo.

* Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Edição: Katia Marko