Aconteceu neste sábado (19) o encontro estadual da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários do Estado do Rio Grande do Sul (Unisol/RS). A atividade reuniu quase uma centena de trabalhadores e trabalhadoras de diversas regiões do estado na Igreja da Pompéia, em Porto Alegre.
Segundo apresentou a coordenadora da Unisol, Nelsa Nespolo, a entidade é uma central de representação da economia solidária, das centrais, cooperativas e grupos que optam por essa outra forma de organização dos trabalhadores. Explica também que esse outro caminho é conquistado através da autogestão como forma de gerar trabalho e renda.
"Hoje é um dia marcante, depois desses quatro anos difíceis, agora vivemos um momento de esperança, onde precisamos organizar nossas ações e encaminhar nossa energia para esse próximo onde sabemos que temos muitos desafios", afirmou Nelsa ao comentar os objetivos do encontro.
A coordenadora da Unisol reiterou ainda que o foco do encontro foi discutir como as organizações podem se articular e fazer parcerias para trabalhar entre si e com as políticas públicas existentes nos níveis municipais, estaduais e federal, traçando, assim, estratégias para 2023.
Marcaram presença especial no evento a deputada federal Maria do Rosário (PT/RS) e a técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Lúcia Garcia. Segundo a técnica, pensando o próximo período para a organização da economia solidária, é possível vislumbrar que melhores oportunidades virão por causa dos efeitos distributivos que o governo federal deve produzir no seu primeiro ano.
Além disso, afirmou que diversas questões emergentes colocadas pela economia solidária são reconhecidas por grandes setores da população, como os temas sustentabilidade, respeito às diferenças, trocas não monetárias e colaboração. Por fim, avaliou que existem desafios pela frente, "como é o caso de incorporar, dentro da economia solidária, temas como o avanço da produtividade, conquista de mercados e necessidade de financiamento".
Por sua vez, a deputada Maria do Rosário afirmou que a economia solidária precisa estar no centro político e econômico de um novo governo, que será do presidente Lula (PT). Também reclamou de pressões que a futura já gestão já sofre.
"A cada fala do presidente parece que há um soluço do mercado. Eu pergunto: quem é esse mercado? A economia solidária eu sei quem é. É rosto de mulheres e homens que lutam para gerar recursos para sobrevivência, mesmo em um período difícil", afirmou a deputada.
Confira o vídeo sobre o encontro produzido pela Central.
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Edição: Marcelo Ferreira