Rio Grande do Sul

CUSTO DE VIDA

Porto Alegre tem a segunda cesta básica mais cara do país em novembro, aponta Dieese

O valor do conjunto de bens alimentícios básicos registrou alta de 1,65%, elevando o custo dos produtos para R$ 781,52

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais, cinco ficaram mais caros - Tânia Rego/Agência Brasil

No mês de novembro, Porto Alegre registrou a segunda cesta básica mais cara do país. A pesquisa realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) variação mensal de 1,65% elevando o custo dos produtos para R$ 781,52, no mês de outubro o valor foi de R$ 768,83.

Dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais, cinco ficaram mais caros. As maiores altas no preço foram: o tomate (15,40%), a batata (11,92%), a banana (0,68%), o pão (0,62%) e a carne (0,19%). Por outro lado, oito itens ficaram mais baratos: o leite (-6,70%), o feijão (-1,98%), o café (-1,86%), o óleo de soja (-1,64%), o açúcar (-1,33%), a manteiga (-0,34%), a farinha de trigo (-0,27%) e o arroz (-0,22%).

De janeiro a novembro de 2022, a cesta acumula alta de 14,44%. Dos 13 produtos pesquisados 11 registraram alta: a batata (70,34%), a banana (46,92%), a farinha de trigo (35,41%), o leite (28,18%), a manteiga (24,96%), o café (20,40%), o pão (19,76%), o tomate (10,04%), o arroz (6,56%), a carne (4,70%) e o óleo de soja (2,12%). O feijão (-14,02%) e o açúcar (-0,67%) ficaram mais baratos.


Variação mensal, acumulada no ano e 12 meses da cesta básica em Porto Alegre / Fonte e elaboração: Dieese/RS

Custo da cesta aumenta em 12 capitais

O valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em 12 das 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre outubro e novembro, as altas mais expressivas ocorreram em Belo Horizonte (4,68%), Florianópolis (2,96%), São Paulo (2,69%) e Goiânia (2,03%). Já as reduções ocorreram em algumas cidades do Norte e do Nordeste: Salvador (-2,12%), João Pessoa (-1,28%), Recife (- 1,27%), Natal (-1,12%) e Aracaju (-0,69%).

São Paulo foi a Capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 782,68), seguida por Porto Alegre (R$ 781,52), Florianópolis (R$ 776,14), Rio de Janeiro (R$ 749,25) e Campo Grande (R$ 738,53).

A comparação dos valores da cesta, entre novembro de 2022 e novembro de 2021, mostrou que todas as capitais tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 5,06%, em Recife, e 16,54%, em Belo Horizonte. Em 2022, o custo da cesta básica apresentou elevação em todas as cidades, com destaque para as variações acumuladas em Goiânia (15,45%), Campo Grande (15,15%), Brasília (14,58%), Belo Horizonte (14,58%) e Porto Alegre (14,44%). Em Recife, foi registrada a menor variação, de 3,56%. 


Custo e variação da cesta básica em 17 capitais / Fonte: Dieese

Salário mínimo ideal

Em novembro de 2022, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 121 horas e 2 minutos, maior do que o registrado em outubro, de 119 horas e 37 minutos. Em novembro de 2021, a jornada necessária era de 119 horas e 58 minutos. 

De acordo com o Dieese, o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em média, em novembro de 2022, 59,47% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos, mais do que em outubro, quando precisou usar 58,78%. Em novembro de 2021, quando o salário mínimo era de R$ 1.100,00, o percentual ficou em 58,95%. Segundo a entidade, a jornada necessária para comprar a cesta básica: 141 horas e 52 minutos, e o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 6.575,30, ou 5,43 vezes o mínimo de R$ 1.212,00.


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Edição: Katia Marko