O aniversário de 50 anos do Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul (SERGS) foi o motivo da homenagem realizada nesta quinta-feira (22), na Assembleia Legislativa gaúcha, em Porto Alegre. Em um ato realizado no Palácio Farroupilha, o presidente do legislativo gaúcho, deputado estadual Valdeci Oliveira (PT), fez a entrega de uma placa alusiva à data histórica.
Representou o sindicato, recebendo a placa, a presidenta do SERGS, enfermeira Claudia Franco, que estava acompanhada de membros da diretoria da entidade e de profissionais do setor. Segundo ela, a homenagem, apesar de singela, simboliza a gratidão da sociedade por tudo o que a enfermagem faz, especialmente durante a crise da covid-19.
"Fico muito feliz de poder realizar esse gesto na condição de presidente da Assembleia. E fico ainda mais feliz pelo fato do Piso Nacional da Enfermagem, uma luta coletiva de tanto tempo, estar prestes a se tornar uma realidade concreta no país”, destacou o deputado Valdeci.
Ao receber a placa, a presidenta do SERGS lembrou das inúmeras dificuldades enfrentadas pelos profissionais da saúde durante a pandemia e da intensa mobilização da enfermagem gaúcha e brasileira em defesa do Piso Nacional. “Seguiremos lutando pela dignidade e pela valorização da nossa categoria e em defesa da democracia e do fortalecimento do Sistema Único de Saúde”, afirmou Claudia.
Conforme recordou a presidenta do sindicato em artigo publicado no Brasil de Fato RS, o SERGS foi a primeira entidade sindical brasileira de enfermeiros a receber sua carta sindical, sendo atualmente o mais antigo em atividade ininterrupta no país, ao completar seu cinquentenário.
Explicou também que, até o final dos anos 1960, os enfermeiros brasileiros eram representados por entidades mistas, que reuniam várias outras categorias profissionais. Somente em 1970 que o Congresso Brasileiro de Enfermagem aprovou uma recomendação para que fossem criadas associações profissionais nos respectivos estados da federação.
"Ironicamente, isso acontece durante o período de maior repressão do governo militar. A partir desse chamamento, vários estados brasileiros começaram a se movimentar, entre eles o RS", recordou.
Dessa forma, a dirigente sindical afirma que a trajetória do SERGS se confunde com o desenvolvimento e a ampliação do protagonismo da enfermagem no RS.
"São décadas de uma caminhada árdua e visionária de muitas mulheres e homens que atuavam (e ainda atuam) no serviço público e no setor privado e beneficente, enfrentando muitas vezes a oposição por parte de governos e empresas, mas sempre resistindo na busca de direitos que contemplem a todos(as)", comentou.
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Edição: Marcelo Ferreira