Rio de Janeiro

CONDENAÇÃO

Oficiais de Justiça não encontram Washington Reis para notificá-lo sobre afastamento do cargo

Ministério Público do RJ contesta nomeação de secretário de Transportes pelo governador Cláudio Castro

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
washington reis
Ex-prefeito de Caxias foi condenado pela 2ª Turma do STF por crime ambiental e crime contra a administração pública - Reprodução

O ex-prefeito de Duque de Caxias e atual secretário estadual de transporte, Washington Reis (MDB), não foi encontrado pelos oficiais de Justiça para ser notificado sobre o pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) de afastamento do cargo no governo do estado. Segundo o telejornal RJ2, da TV Globo, os procuradores já suspeitam que ele possa estar se escondendo.

Na semana passada, a Justiça do Rio deu cinco dias úteis para que o governo estadual se manifestasse a respeito do pedido do MP e, eventualmente, afastasse Washington Reis. O prazo se extinguiu na última quinta-feira (19).

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O ex-prefeito de Caxias foi condenado na Ação Penal nº 618/RJ pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal às penas de 7 anos, 2 meses, e 15 dias de reclusão, em regime semiaberto, e ao pagamento de 67 dias-multa, pela prática de crimes contra o meio ambiente e
contra a Administração Pública.

O MP atendeu ao pedido do deputado estadual Carlos Minc (PSB), que cita o artigo 77 da Constituição Estadual para justificar a representação contra a nomeação. Segundo Minc, a legislação veda a participação de Reis, que foi condenado por órgão colegiado do TRE-RJ. Reis já havia sido condenado em 2016 pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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Em nota na última quinta-feira (19), a assessoria do secretário disse que "em momento algum" se ele esquivou de receber comunicações ou convocações judiciais, "uma vez que possui domicílio residencial e profissional públicos e de conhecimento coletivo" e que "devido à intensa agenda de trabalho (...) o secretário não se limita ao espaço do gabinete na Secretaria e cumpre muitas agendas externas".

Reis afirmou também que "tem plena confiança na justiça e reforça que ainda não houve trânsito em julgado para seu caso, uma vez que o processo ainda encontra-se em análise de mérito perante o Supremo Tribunal Federal".

Edição: Eduardo Miranda