Paraná

Greve Geral

Trabalhadores da URBS entram em greve nesta terça-feira (31)

Agentes de apoio pedem apoio da população contra demissões e pela renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT)

Curitiba (PR) |
Agentes de Apoio da URBS entraram em greve na quinta-feira (26), a partir de terça-feira (31) todas as carreiras da URBS entram em greve - Foto: Vanda Moraes

A Urbanização de Curitiba S/A (URBS) planeja demitir a carreira completa de agentes de apoio, profissionais responsáveis por serviços importantes como limpeza de equipamentos públicos, jardinagem, sinalização viária e manutenção de semáforos e estações-tubo. Caso as demissões ocorram, cerca de 200 famílias poderão ficar sem renda a partir do próximo mês de fevereiro.

Hoje, segunda-feira, a concentração da greve dos Agentes de Apoio começou a partir de 12:00 na Rodoferroviária de Curitiba. Nesta terça-feira, 31 de janeiro de 2023, todas as demais carreiras da URBS se juntam aos agentes de apoio na greve geral pela renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

“O que sempre lamentamos é o descaso dos nossos representantes. Na manifestação de sexta-feira, o prefeito não teve coragem de sair e olhar no olho de trabalhadores que dedicaram em média mais de 20 anos de serviços na empresa. São senhores e senhoras, pais, mães, avôs e avós que serão jogados novamente no mercado de trabalho, demitidos sem nenhuma necessidade”, condena o presidente do sindicato, Valdir Mestriner.

No período da tarde da sexta (27), o SINDIURBANO-PR organizou uma manifestação com almoço, uma “linguiçada”, em frente ao prédio central da URBS. “Nós convidamos, mas o presidente da empresa não saiu do ar condicionado para comer um pão com linguiça com os demais trabalhadores da empresa”, comenta Mestriner. “Ele prefere sentar-se à mesa somente com as empresas privadas e não com os trabalhadores que dedicaram sua vida à população de Curitiba”, conclui.

De acordo com o diretor do sindicato Ilmar Brandão, não há espaço para diálogo. "A empresa fechou todas as portas de negociação. E reapresentou uma contraproposta que não interessa aos trabalhadores e já foi rejeitada. Sendo assim, não resta alternativa a não ser a greve", conta.


*Com informações do Sindiurbano e CUT-PR

Edição: Lucas Botelho