Rio Grande do Sul

Contra terrorismo

MTST e Frente Povo Sem Medo realizam ações de denúncia contra atos golpistas e financiadores

Ato foi realizado em diversas cidades brasileiras; em Porto Algre, escracho foi realizado no Parque Moinhos de Vento

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Movimentos socais realizaram ação em local de Porto Alegre que abrigou inúmeras manifestações golpistas ao longo dos anos - Foto: Pitta Klein

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e à Frente Povo Sem realizaram, na manhã desta terça-feira (14), em várias cidades brasileiras, ações de escracho contra parlamentares e empresários que apoiaram ou financiaram o golpismo que culminou nos atos terroristas do dia 8 de janeiro. O objetivo dos movimentos sociais é reafirmar a importância de fazer com que todos as pessoas envolvidas na tentativa de golpe respondam por seus crimes. 

“O que vimos em Brasília naquele fatídico 8 de janeiro de 2023 não pode ser esquecido. Chega de conviver com a impunidade daqueles que atentam à democracia e ao patrimônio público. Golpistas e todos os seus financiadores precisam arcar com as consequências e pagar pelos crimes que cometeram”, afirma Cláudia Ávila, coordenadora do MTST/RS. 

De acordo com os organizadores, entre os lugares escolhidos para os escrachos estão os escritórios dos deputados Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli, em São Paulo, e dos deputados Pedro Lupion e Ricardo Barros, ambos do PP, no Paraná; as casas dos deputados Clarissa e Junior Tércio, em Pernambuco, do ex-governador Ibaneis Rocha, no Distrito Federal, e do empresário Jouberto Uchôa de Mendonça, em Sergipe. Além da sede do Banco Central no Rio de Janeiro. 

Em Porto Alegre, o escracho foi realizado na Passarela do Parcão, na Av. Goethe, no Parque Moinhos de Vento. O bairro abrigou inúmeras manifestações golpistas ao longo dos anos. 

Órgãos federais realizam ações contra terroristas 

A Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou, essa semana, na Justiça Federal do Distrito Federal pedindo que seja aberta ação civil pública para proteção do patrimônio público contra 59 réus acusados de financiar o fretamento de ônibus para os atos que depredaram os prédios da Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.

A ação pede que os acusados - 54 pessoas físicas, três empresas, uma associação e um sindicato - sejam condenados em definitivo a ressarcir R$ 20,7 milhões ao erário público. No total, a AGU já ingressou com quatro ações contra acusados de financiar ou participar diretamente dos atos do dia 8 de janeiro. Veja aqui a lista.

A Polícia Federal, por sua vez, deflagrou, na manhã desta terça-feira (14), a sexta fase da Operação Lesa Pátria. Os alvos são os suspeitos de envolvimento nos atos terroristas de 8 de janeiro. No total, os policiais cumprem oito mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão.

As medidas foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para os estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Sergipe e São Paulo. De acordo com o balanço da PF, até o dia 9 de fevereiro, os agentes já cumpriram 17 mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária e 38 de busca e apreensão.

Até o dia 1º de fevereiro havia, de acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF), 104 moradores do RS que haviam sido detidos, sendo 38 homens custodiados Centro de Detenção Provisória II (CDPII) do Complexo da Papuda, 20 mulheres na Penitenciária Feminina do DF, conhecida como Colmeia, e 46 pessoas, incluindo homens e mulheres, liberadas mediante monitoração por tornozeleira eletrônica.


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Edição: Marcelo Ferreira