Os Cadernos Temáticos do Laboratório de Ensino de História da Universidade Federal de Pelotas (LEH/UFPel) são publicações destinadas a oferecer propostas pedagógicas para professores e estudantes abordarem em sala de aula temas recorrentes da disciplina de História.
As publicações são gratuitas e estão disponíveis para download na internet, através da Editora Casa das Letras. Os dois cadernos mais recentes tratam sobre os temas "Direitos Humanos e ensino de História: propostas para ensinar e aprender" e "Duzentos anos de independência do Brasil: quem fez essa história?".
Segundo afirma a equipe do LEH, os materiais foram produzidos através de oficinas que estudantes da UFPel realizaram em escolas públicas do município de Pelotas, através de um projeto de extensão de residência pedagógica.
Além disso, o projeto parte da compreensão de que o dia a dia na educação básica, muitas vezes, carece de materiais didáticos que possibilitem a "inserção de temas e conceitos atualizados, que versem sobre aspectos históricos, sociais e culturais significativos e que dialoguem com as experiências dos estudantes".
O projeto foi desenvolvido em parceria com o Suldesign Estúdio, vinculado ao Colegiado dos Cursos de Design da UFPel, que criou o projeto gráfico dos Cadernos, bem como realizou a supervisão técnica de seu conteúdo.
Segundo a professora Lisiane Sias Manke, do Departamento de História da UFPel, o caderno sobre os 200 anos da independência do Brasil propõe abordar a temática em uma perspectiva social, contemplando os atores que participaram do processo e suas experiências e resistências, com destaque para os diversos sentidos do que é liberdade e independência. Propõe também pensar novos significados para a história que tem pessoas nem sempre lembradas pela memória do país.
Alessandra Gasparotto, também professora de História na UFPel, afirma que o caderno sobre direitos humanos também aborda propostas pedagógicas para a realização de discussão sobre o conceito de direitos humanos, sua relação com a segurança pública, a história das mulheres e com as relações étnico-raciais, entre outros.
Para a professora, é fundamental que o tema seja abordado em sala de aula para envolver os estudantes, ao mesmo tempo em que se constrói uma ponte entre o passado e o presente. "São propostas bem concretas para os professores poderem abordar em sala de aula, tendo em vista que é um assunto fundamental e que a concepção que as pessoas têm sobre os direitos humanos é bastante equivocada", conclui.
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Edição: Katia Marko