Rio Grande do Sul

Mobilização

Frente dos Servidores Públicos do RS realiza ato em defesa do IPE Saúde

Manifestação nesta quarta-feira (26) em Porto Alegre também terá como pauta a revisão geral dos salários

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Ato unificado terá concentração a partir das 9h em frente ao instituto - Foto: Matheus Lopes / Ascom IPE Saúde

A Frente dos Servidores Públicos do estado do RS está convocando um ato unificado entre todas as categorias, com a pauta da defesa do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do RS (IPE Saúde) e pela revisão geral dos salários.

A mobilização está programada para acontecer nesta quarta-feira (26), com concentração a partir das 9h, em frente ao IPE Saúde, em Porto Alegre (Rua Borges de Medeiros, 1945). Após, será realizada uma caminhada até o Palácio Piratini, com saída prevista para as 10h.

As entidades que compõem a frente afirmam que a atual crise no instituto é resultante "do arrocho salarial imposto ao funcionalismo, que ultrapassa 60% apenas nos últimos nove anos" e que esta isso não pode ser repassado apenas aos trabalhadores, justamente aqueles que recebem os menores salários e que os maiores descontos.

A frente também informa que a luta visa estabelecer uma negociação para iniciar a revisão geral da inflação nos salários.

Perda de receitas

Um recente levantamento apontou que IPE Saúde deixou de arrecadar R$ 105,7 milhões. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse), essa redução na arrecadação é resultado da falta de reajuste dos salários dos servidores.

Como as contribuições para o instituto partem de um percentual dos salários dos trabalhadores, estes R$ 105 milhões seriam incrementadas às receitas do IPE se o governador Eduardo Leite tivesse feito a revisão geral dos salários dos servidores do estado de acordo com a inflação, aponta o estudo.

Ainda no mês de abril, Leite apresentou um diagnóstico financeiro do IPE Saúde. De acordo com ele, em 2022 foram R$ 737 milhões de contribuição patronal, através do Caixa do Tesouro Estadual. Além desse aporte, o Instituto acumula R$ 250 milhões em dívidas de longo prazo. Cerca de uma semana depois, Leite trouxe uma proposta de mudança para o IPE Saúde que desagradou médicos e servidores públicos.

Uma das entidades que compõem a frente, o Sindicato dos Servidores de Nível Superior do RS (Sintergs) está organizando caravanas do interior do estado para que os associados se desloquem para a manifestação na Capital. 

Presidente do Sintergs, Antonio Augusto Medeiros faz duras críticas a Eduardo Leite, quando este apresenta o IPE Saúde como um plano privado. "Nesta comparação, o governador esquece de mencionar que, diferentemente dos trabalhadores da iniciativa privada, os servidores públicos estão há mais de oito anos sem a reposição da inflação, reajuste este que resolveria as finanças do instituto. O IPE não é um plano de saúde comercial, por isso não prevê lucro. É um plano de assistência solidário que atende um milhão de pessoas", ressalta.


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Edição: Marcelo Ferreira