Distrito Federal

Educação Pública

Professores do Distrito Federal iniciam greve por reajuste salarial

Assembleias em todas regionais de ensino vão definir representantes do Comando Geral de Greve nesta sexta (5)

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Greve foi iniciada nesta quinta-feira (4), entre as reivindicações está o reajuste salarial e o desmonte na educação pública do DF - Foto: Luzo Comunicação

O Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) realizou nesta quinta-feira (04) uma Assembleia Geral no estacionamento da Funarte para informar sobre o último encontro com o GDF e marcar o início da greve dos professores.

De acordo com o sindicato, o encontro foi realizado com a comissão de negociação e as secretarias de Economia e de Educação do GDF. Ficou definida a permanência da mesa de negociação permanente durante a greve e o prosseguimento das visitas aos gabinetes da Câmara Legislativa  para fortalecer o processo institucional de negociação e a garantia do direito de greve.  A comissão também reafirmou ao governo que a categoria está mobilizada e o movimento de greve está crescendo.

Durante a greve ficará suspenso o calendário escolar, reposição de paralisação e dia letivo móvel. 

“Nós temos vários motivos para a realização desta greve. Os 18% que vieram e não é 18%, são 6% por ano, não resolvem o problema. No rankeamento das carreiras de nível superior, das 29 carreiras nós estamos em penúltimo lugar, só perdemos para o SAE (Serviço Auxiliar de Educação) que é também na carreira da educação. Isso é irônico mas é um projeto deliberado de um governo que no primeiro mandato dizia que um professor deveria ganhar como um juiz e o que a gente vê é o profundo desmonte da educação pública”, afirmou a diretora do Sinpro-DF, Luciana Custódio.

Além dos salários congelados há oito anos, categoria também justifica a greve com turmas superlotadas, desmonte da EJA (Educação de Jovens e Adultos) e do ensino especial, atrasos no repasse do PDAF e comprometimento das atividades pedagógicas por falta de estrutura e de pessoal.

Comando Geral de Greve

A Assembleia aprovou um calendário para fortalecer e ampliar a mobilização com assembleias regionalizadas para eleger os integrantes do Comando Geral de Greve e aprovou uma moção de repúdio contra as declarações antigreve dadas pelo presidente da Associação de Pais de Alunos das Instituições de Ensino do Distrito Federal (Aspa). O Comando Geral de Greve será definido em assembleias locais realizadas em 14 regiões administrativas. A primeira reunião do Comando deve acontecer na noite desta sexta-feira (5).

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Edição: Flávia Quirino