Rio Grande do Sul

ALAGAMENTOS

Comunidades da região Nordeste de São Leopoldo protestam contra a situação da casa de bombas

Manifestantes pedem soluções para o problema histórico com o equipamento que deveria escoar a água em alagamentos

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Nesta terça-feira, dia 20, às 14 horas, a comunidade organiza um novo ato, desta vez em frente à Prefeitura de Novo Hamburgo para reivindicar uma solução - Foto: Eduardo Rocha

Moradores da região Nordeste de São Leopoldo, município da Grande Porto Alegre, realizaram um protesto na manhã de domingo (18) contra a situação da casa de bombas pertencente à Novo Hamburgo, localizada na divisa entre os municípios. Mobilizados pelo Movimento Nacional de Luta Pela Moradia (MLNM), os manifestantes carregartam faixas e pediram solução para o problema histórico referente à casa de bombas que deveria escoar a água na localidade em situações de alagamentos.

A localidade foi fortemente impactada com as fortes chuvas causadas pelo ciclone extratropical que agingiu o Rio Grande do Sul na última quinta-feira (15). Conforme as denúncias da população local, este não é o primeiro episódio em que as bombas não são ligadas.

“Estas famílias ainda estão sem voltar para a casa, as bombas não foram ligadas. Além disso, a prefeita não permitiu que os técnicos estivessem na casa de bombas para verificar a situação. Esta é uma história de muito tempo, é uma irresponsabilidade de Novo Hamburgo, que ainda ataca as ocupações em seu posicionamento”, afirma o dirigente nacional do MNLM Cristiano Schumacher.

Ele também destaca que a população já buscou o diálogo com a prefeita hamburguense, Fátima Daudt (MDB), porém, não foram recebidos. “É inadmissível que o povo das periferias seja tratado desta forma, além de perderem seus pertences, não há uma perspectiva de quando este problema acabe, ou seja, uma nova chuva pode causar algo ainda pior aqui”, salienta Schumacher.

Do lado leopoldense, a região Nordeste compreende os bairros Vila Brás, Loteamento Brás III, Cooper Bom Fim, Vila Progresso, Aeroclube e Jardim Petrópolis. Já em território hamburguense, as regiões afetadas são Vila Palmeira e Santo Affonso.

Além de lideranças comunitárias e presidentes de associações de moradores, representantes do Legislativo dos dois municípios, entre eles a vereadora Ana Affonso (PT) e o vereador Enio Brizola (PT). “É isso, acabou o diálogo. Este problema é histórico e precisa ser solucionado. Já houve tratativas para que esta casa de bombas seja de responsabilidade da Prefeitura de São Leopoldo, passando a fazer parte do grupo de casas de bombas que já estão em pleno funcionamento. Mas não tivemos avanços neste sentido e o problema persiste, isso é negligência da Prefeitura de Novo Hamburgo”, comenta Ana Affonso.

A parlamentar também salientou, no ato, que outra solução pode ser a elaboração de um projeto que requisitando à União que seja construída uma casa de bombas, própria para a região Nordeste, encerrando um ciclo de graves perdas naquela localidade. “Caso não haja avanços nessa solução, proponho então que o prefeito Ary Vanazzi, aproveite o período político nacional que se abriu, inclusive com a fala do Ministro da Integração aqui no município, que apresentou portas abertas para a ajuda humanitária, restauração e reconstrução das áreas mais atingidas”, disse.

Nesta terça-feira (20), às 14 horas, a comunidade organizará um novo ato, desta vez em frente à Prefeitura de Novo Hamburgo para reivindicar uma solução à prefeita Fátima Daudt.

O Brasil de Fato RS entrou em contato com a prefeitura de Novo Hamburgo solicitando um posicionamento. Até o fechamento desta matéria não houve retorno. O espaço segue aberto.

* Com informações da Assessoria de imprensa da vereadora Ana Affonso.


Edição: Marcelo Ferreira