Rio de Janeiro

Crime

Operação cumpre mandados por furto de combustível da Transpetro no Rio e outros estados

Organização era especializada em furtar petróleo diretamente de dutos subterrâneos em diversos municípios e na capital

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
MP-RJ denunciou 27 pessoas por furto qualificado, organização criminosa e corrupção em cinco estados; ação também mira empresas receptadoras - SindPetro

Nesta quarta-feira (26), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e a Polícia Civil deflagraram uma operação em cinco estados contra o furto de combustível através da perfuração de dutos da Transpetro. A ação cumpre 47 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e São Paulo.

Leia mais: 

Os alvos são integrantes de uma organização especializada que furta petróleo diretamente de dutos subterrâneos da Transpetro. Ao todo, o MP-RJ denunciou 27 pessoas por furto qualificado, organização criminosa e corrupção. A operação também visa identificar empresas receptadoras que adquiriram o produto desviado clandestinamente.

No Rio de Janeiro, a operação acontece nos municípios de Sapucaia, Cabo Frio, Macaé, Quissamã, Pinheiral, Bom Jesus do Itabapoana, Carapebus, São João de Meriti, São Gonçalo, São Fidelis, Campos dos Goytacazes e Nova Friburgo, além de bairros do centro e Campo Grande, na capital. 

Investigação

Em 2019, agentes de segurança receberam denúncias de que três caminhões estavam circulando com óleo bruto furtado no bairro Beira da Lagoa, no município de Quissamã, na região norte fluminense. No local, os motoristas confessaram o crime e informaram a localização do terceiro caminhão.

Segundo a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), a ação criminosa já estava sendo monitorada e 11 pessoas foram presas na ocasião. De acordo com os agentes, os caminhões apreendidos armazenavam cerca de 100 mil litros de óleo bruto.

O trabalho de inteligência da delegacia comprovou que a organização criminosa tinha uma hierarquia e divisão de tarefas estruturada. Três pessoas eram apontadas como líderes, sendo que uma cuidava da organização dos motoristas e batedores; outra tratava a logística da derivação clandestina e extração; e a terceira liderança ficava com a parte financeira e organizacional.

A quadrilha também contava com um especialista que auxiliava os soldadores na instalação da mangueira no duto, aliciadores, soldadores, ajudantes, pessoas que forneciam notas fiscais falsas e comercializavam o óleo bruto com receptadores, fornecedores dos caminhões, entre outros.

Edição: Clívia Mesquita