Rio Grande do Sul

CINEMA

Longa documental gaúcho encerra mostra competitiva do evento

Luis Fernando Verissimo – O filme terá noite de gala no encerramento da competição do 51º Festival de Cinema de Gramado

Brasil de Fato | Gramado |
“Luis Fernando Verissimo – O filme” é o único representante gaúcho na corrida de longas, tanto na mostra de ficções como de títulos documentais - Foto: Dulce Helfer

Psicanalista e documentarista com produção voltada para cinebiografias de grandes nomes da literatura brasileira, entre eles Erico Verissimo, Drummond, Mario Quintana, Maria Carpi e Manuel Bandeira, Luzimar Stricher pela primeira vez planejou que a estreia de um filme seu ocorresse em um Festival de Cinema.

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Fruto de uma década de trabalho, “Luis Fernando Verissimo – O filme”, enfim, terá noite de gala no encerramento da competição do 51º Festival de Cinema de Gramado, no Palácio das Festivais, com exibição às 17h30. É o único representante gaúcho na corrida de longas, tanto na mostra de ficções com o de títulos documentais. No ano passado, em Gramado, foi exibida uma adaptação de um romance homônimo do autor, “Clube dos Anjos”, na mostra competitiva principal.

Em seu novo filme, Luzimar traz luz ao grande cronista, econômico em palavras e gestos, de fala e escrita. Verissimo não gosta de jogar conversa fora, seu feitio é ficar vendo, ouvindo, prestando atenção para mais tarde devolver tudo em forma de crônicas antológicas. Um humorista que é ao mesmo tempo engraçado e sério, leve e profundo, segundo a apresentação do longa.

A diretora, que gosta de frisar que o autor já teve livros traduzidos em mais de 20 países, teve acesso ao acervo dele, atualmente com 86 anos, e colheu depoimentos do próprio, da família e de amigos. O longa traz entrevistas com Jô Soares, Jorge Furtado, Paulo Caruso, Chico Caruso, Zuenir Ventura, Ziraldo, Santiago, Ruy Carlos Ostermmann, Claudia Laitano, Edgar Vásques, Flávio Loureiro Chavez e Goida.

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Com Verissimo, Luzimar – que tem o conteúdo dos seus filmes extremamente ricos – deve reforçar sua grande contribuição ao cinema documentário e à literatura sul-rio-grandense. Como são muitos anos de dedicação ao personagem e um acesso privilegiado à família, a expectativa para esse encerramento da concorrência ao Kikito com visões do real é bastante grande. Certamente, esta obra ficará como uma grande referência de pesquisa e um serviço à memória da cultura gaúcha e nacional.


Edição: Katia Marko