Rio Grande do Sul

ENCHENTES NO ESTADO

Ceran divulga material para esclarecer funcionamento das comportas de suas barragens

Boatos nas redes sociais acusam abertura das comportas nas enchentes que assolaram o Vale do Taquari

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Companhia Energética Rio das Antas (Ceran) é responsável pelas Usinas Hidrelétricas de Castro Alves, Monte Claro (foto) e 14 de julho - Foto: Ceran/Divulgação

A Companhia Energética Rio das Antas (Ceran) divulgou um material informativo com o objetivo de esclarecer sobre o funcionamento das comportas e as características das três barragens de que é responsável. São elas as Usinas Hidrelétricas de Castro Alves, Monte Claro e 14 de julho.

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A ação foi realizada após a Procuradoria-Geral de Bento Gonçalves enviar um ofício à Ceran solicitando esclarecimentos sobre a recente enchente que assolou a cidade e vários outros municípios do estado, entre eles, do Vale do Taquari.

A medida foi tomada depois que vários moradores da localidade de Linha Alcântara, no distrito de Faria Lemos e também do município de Santa Tereza, terem afirmado nas redes sociais que a companhia abriu as comportas e causou a inundação nunca antes vista naquela região. 

Conforme a companhia, não existem comportas nas barragens, em especial nas atingidas pelo evento climático. O projeto das três usinas é muito similar entre si e possuem reservatórios sem capacidade de acumular água, caracterizados como “a fio d’água”. Isso acontece porque as usinas operam apenas com fluxo natural do rio. Apesar de pequeno, o reservatório “a fio d’água” é necessário para possibilitar a captação da água do rio que irá mover as turbinas e gerar a energia elétrica.

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De acordo com o material disponibilizado, não é possível amortecer uma cheia, pois pela pequena dimensão e característica “a fio d’água”, todo fluxo que chega na barragem em situações de alta vazão precisa passar pela mesma. As barragens instaladas pouco alteram o leito dos rios.

Confira o material explicativo disponibilizado pela companhia

Localização das barragens

Usina Castro Alves: 130 MW
Margem à direita – Nova Roma do Sul e Antônio Prado
Margem à esquerda – Nova Pádua e Flores da Cunha

Usina Monte Claro: 130 MW
Margem à direita – Nova Roma do Sul e Veranópolis
Margem à esquerda – Bento Gonçalves e Pinto Bandeira

Usina 14 de Julho: 100 MW
Margem à direita – Cotiporã e Veranópolis
Margem à esquerda – Bento Gonçalves


Edição: Katia Marko