Rio Grande do Sul

Direito à leitura

Deputada Fernanda Melchionna recria Frente Parlamentar de Defesa do Livro, da Leitura e da Escrita

De acordo com a parlamentar, objetivo da frente é propor, acompanhar e cobrar a implantação de leis já existentes

Brasil de Fato | Porto Alegre |
"As políticas públicas que existem para impulsionar o livro não são totalmente efetivadas", pontua a deputada - Foto: Diego Lopes/Feira do Livro Porto Alegre

Com mais de 200 assinaturas de parlamentares coletadas, a deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) recriou, nesta quinta-feira (23), a Frente Parlamentar em Defesa do Livro, da Leitura e da Escrita. Bibliotecária e primeira deputada federal da história da Câmara com esta formação, a parlamentar havia lançado a Frente em 2019, durante a Feira do Livro de Porto Alegre, ainda em seu primeiro mandato (2019 a 2022). 

:: Frente em Defesa do Livro, da Leitura e da Escrita é lançada em Porto Alegre ::

Conforme explica Fernanda, com a mudança de legislatura, foi necessário coletar novamente assinaturas para que ela fosse recriada. “O objetivo da frente é propor, acompanhar e cobrar a implantação de leis já existentes que visam o fomento e democratização do livro e da leitura, além de envolver atores sociais e entidades nacionais nessa luta”, ressalta a deputada.

De acordo com a última edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada em 2020, pouco mais da metade dos brasileiros têm hábitos de leitura: 52% (ou 100,1 milhões de pessoas), dedica-se à leitura, enquanto que 48% declararam que não leram nenhum livro nos últimos três meses. 

O levantamento aponta ainda que o país perdeu 4,6 milhões de leitores entre os anos de 2016 a 2020. Ao mesmo tempo, 34% das pessoas ouvidas na pesquisa, afirmaram que foram estimuladas a gostar de ler. A pesquisa é realizada de quatro em quatro anos.   

“Dados apontam que apenas metade da população brasileira é leitora. E as políticas públicas que existem para impulsionar o livro não são totalmente efetivadas, como a Lei das Bibliotecas Escolares. A Frente foi recriada justamente para dar continuidade ao trabalho iniciado na última legislatura, que é cobrar que essas políticas sejam efetivas. Ainda mais depois de quatro anos de governo Bolsonaro, no qual o desmonte e retrocesso na área foram imensos. Agora cabe a nós reverter o quadro de calamidade deixado e avançar na democratização do livro como propulsor de debates e formador de cidadania”, afirma Fernanda.

Algumas das pautas prioritárias da Frente são a execução do Plano Nacional do Livro e da Leitura, o cumprimento da Lei Federal 12.244, que aperfeiçoa as bibliotecas escolares, a valorização das bibliotecas públicas e comunitárias, entre outras.


 

 
 

 

 

 

Edição: Marcelo Ferreira