Rio Grande do Sul

60 ANOS DO GOLPE

João Pedro Stédile participa de debate sobre os 60 anos do golpe na UniRitter nesta sexta-feira (12)

Coalizão Brasil por Memória, Justiça, Reparação, Verdade e Democracia organizou um calendário de atividades

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Ativista Social do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, João Pedro Stédile vai tratar das mortes do campesinato na ditadura - José Eduardo Bernardes

Em todo o país uma série de atos e eventos buscam lembrar os 60 anos do golpe civil-militar (1964), que manteve o Brasil sob uma ditadura cruel e sanguinária por 21 anos, com objetivo de que ele não mais se repita. No Rio Grande do Sul a Coalizão Brasil por Memória, Justiça, Reparação, Verdade e Democracia organizou um calendário de atividades voltado para a data chamado “Ditadura, Memória, Verdade e Justiça: Não Repetição”.

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Em Porto Alegre, a Associação Juízas e Juízes para a Democracia, uma das entidades que faz parte da Coalizão, realiza nesta sexta-feira (12), às 19h, o debate Ditadura: Memória, Verdade, Justiça e Reparação – Não Repetição, com a participação de Antônia Mara Loguercio, ex-presa e perseguida política e Juíza do Trabalho Aposentada, e João Pedro Stédile, Ativista Social do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e Economista.

O evento conta com a parceria da UniRitter Zona Sul e acontecerá no Auditório Master (Rua Orfanotrófio, 555, Alto Teresópolis, Porto Alegre). Na ocasião haverá a distribuição do livro “Torre das Guerreiras e Outras Memórias”, de Ana Maria Ramos Estevão, publicado pela Fundação Rosa Luxemburgo.

Segundo uma das organizadoras, a juíza Karla Aveline, da coordenação da AJD RS, o objetivo é debater os anos de chumbo sob a perspectiva do campesinato e das mulheres. "Por isso convidamos a Mara Loguercio e o João Pedro Stédile. E decidimos fazer esse debate na UniRitter justamente para alcançar outros públicos, onde esse tipo de tema não chega. No segundo semestre, pretendemos debater sobre as mortes indígenas na ditadura."

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A Coalizão conta com a participação de diversas entidades e tem o objetivo de promover a reflexão sobre a democracia e os 60 anos do golpe cívico-empresarial-militar no Brasil. Ela também busca fomentar, realizar, divulgar amplamente ações no estado do Rio Grande do Sul que ensejem a reflexão sobre o valor da democracia e os fatos ocorridos na ditadura militar no Brasil, visando a criação e o resgate de memórias, bem como o encaminhamento de propostas de políticas públicas aos responsáveis legais.

Para saber mais sobre o calendário de eventos acesse: coalizaomemoria.org.br.


Edição: Katia Marko