Rio Grande do Sul

DOAÇÃO

Solidariedade em tempos de pandemia: saiba como ajudar quem mais precisa

Diversos grupos se organizam para arrecadar doações e levar às famílias que vivem em situação precária

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Em tempos de coronavírus, toda solidariedade se faz necessária. - Freepik.com

Com o avanço do coronavírus no Brasil, uma série de medidas de prevenção são recomendadas por especialistas e órgãos nacionais e internacionais. Entre elas, estão as relativas à higiene, como lavar as mãos com água e sabão ou utilizar álcool gel. Para muitas pessoas, isso requer apenas cuidado e adaptação. Outros, porém, sofrem com condições precárias, vivem sem acesso a saneamento e serviços básicos e, muitas vezes, com dificuldades até mesmo de adquirir um produto de limpeza.

Pensando nisso, diversas iniciativas estão surgindo, contando com a solidariedade de todas e todos que possuem condições de se resguardar e também de ajudar quem mais precisa. Capitaneadas por organizações e coletivos que trabalham com essas parcelas da população, foram lançadas ações solicitando doações.

Confira algumas e saiba como colaborar:

Escola Porto Alegre (população de rua)

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Porto Alegre (EPA) atende moradores em situação de rua e extrema vulnerabilidade na capital gaúcha desde 1995. Inspirada em Paulo Freire, funciona na modalidade EJA, atendendo jovens e adultos. Além das aulas, disponibilizam alimentação e higiene.

Para garantir o atendimento aos estudantes no atual momento, a escola está com uma campanha de doações. Os produtos necessitados são: água potável, sabão ou sabonete, bombonas de água (vazias), álcool gel, máscaras faciais, luvas, lenços umedecidos, papel toalha, atilhos, sucos e bebidas em embalagens individuais e alimentos não perecíveis.

Sem ter como buscar, a escola pede que as doações sejam entregues em três pontos de coleta em Porto Alegre:

EPA – Rua Washington Luiz, 203 – Centro Histórico;

OSC Misturaí – Rua Luiz Manoel, 229, Vila Planetário;

AMURT-AMURTEL – Juca Batista, 6841, Ponta Grossa.


Morro Santana (periferia)

Os moradores do Morro Santana sofrem diariamente com a falta de água nas suas residências. Comunidade periférica de Porto Alegre, abriga famílias em difícil situação financeira, impossibilitadas de comprar materiais de higiene pessoal. Por conta disso, a rádio comunitária A Voz do Morro iniciou uma campanha para o recolhimento de doações que serão destinadas à compra tanto de itens de higiene apontados como fundamentais no cuidado diário para impedir a disseminação do coronavírus (obter álcool gel, sabão líquido, detergente, água sanitária), quanto de alimentos.

As colaborações podem ser feitas através de vaquinha online


Vila Cruzeiro (periferia)

A Grande Cruzeiro reúne diversas vilas na zona sul de Porto Alegre e tem uma população estimada em 200 mil pessoas. Para ajudar a comunidade, que abriga muitas famílias em situação precária, a União de Vilas da Grande Cruzeiro lançou uma rede de solidariedade em período de coronavírus. A campanha pede doações de materiais de higiene, alimentos ou dinheiro.

Para contribuir, basta contatar a organização por telefone ou através do whatsapp, pelos números 51-98145.2235 ou 51-99242.5075.


Morro da Cruz (periferia)

O Coletivo Autônomo Morro da Cruz e a Moeda do Bem estão realizando consultas na comunidade e colhendo informações para ajudar as famílias do Morro da Cruz a passar pela crise do coronavírus. Como nas demais periferias, inúmeras famílias sobrevivem do trabalho informal, o que fica impossibilitado com as orientações para isolamento da população.

Nesta campanha, você pode doar uma, duas ou mais cotas, no valor que puder, para auxiliar no atendimento às necessidades emergenciais levantadas na pesquisa. A aquisição dos materiais para distribuição às famílias ficará sob a responsabilidade do Coletivo Autônomo Morro da Cruz.

Para contribuir, acesse aqui.


Quilombolas (Porto Alegre)

Frente à pandemia, reunidas sob a Frente Quilombola do RS, as comunidades quilombolas urbanas, aldeias, população em situação de rua e centros de referência afro-indígenas de Porto Alegre solicitam o apoio de todas e todos. Em momento de isolamento social, a maior parte dessas famílias estão impedidas ou limitadas em sua capacidade de renda e sustentabilidade, já que muitos e muitas compõem o setor da economia informal e de pequenos negócios.

Entre comunidades quilombolas e indígenas, são 1.500 famílias, contemplando territórios em toda a cidade de Porto Alegre. Já a população em situação de rua é estimada em 4.000 pessoas. Por isso, a Frente Quilombola do RS está arrecadando fundos para a aquisição de cestas básicas com alimentos, produtos de limpeza e itens de higiene pessoal.

Os valores podem ser depositados em conta-corrente de integrantes da Frente. Confira os dados:

Caixa Econômica Federal
cód.104
AG: 0431
Conta poupança: 10548-7
Operação: 013
CPF: 017.349.950-33
Tamires Machado

Banrisul
cód. 041
AG: 0100
Conta corrente: 35.306142.0-5
CPF: 810.316.530-15
Geneci Flores
 


Mulheres indígenas (Porto Alegre)

Mulheres indígenas aldeadas de Porto Alegre e região metropolitana estão pedindo doação de alimentos, pois estão impedidas de ir até o centro da cidade para trabalhar com venda de artesanato. O ponto de coleta das doações é a Ocupação Baronesa – Centro de referência afro-indígena do RS, que fica na Travessa Comendador Batista, 26, na Cidade Baixa, em Porto Alegre.


Povos Indígenas do Brasil

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) destaca que as epidemias são “terríveis para a sociedade, mas que para os povos indígenas o impacto é ainda maior. É o que mostra a história das doenças introduzidas no território por não indígenas, que dizimaram milhões de nativos antepassados.

Frente à ameaça do coronavírus, é preciso ter um olhar direcionado aos povos indígenas, que possuem um modo de vida comunitário. Por isso, a APIB está com uma campanha de doações para ajudar os povos indígenas. A arrecadação da vakinha será revertida para a compra de alimentos, remédios e material de higiene para as aldeias.

Acesse para contribuir.


MLB (periferias de Porto Alegre)

Também pensando que as famílias que vivem nas periferias são dependentes de trabalhos informais e sofrem com falta de saneamento, o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) está com uma campanha que será revertida em kits de alimentação e higiene.

O MLB lembra que, segundo o DIEESE, Porto Alegre tem a terceira cesta básica mais cara do país. Por isso, está recebendo doações a partir de R$ 50,00. O movimento pede que os comprovantes sejam enviados via Whatsapp para os números (51) 98197.0054, (51) 98184.8780 ou (51) 99315.6068. Confira os dados para depósito.

Banrisul

Ag: 0025

Conta: 351195470-8

CPF: 906.135.030-15

Luciano Schafer


MTST (campanha nacional)

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) está com uma campanha de fundo de emergência para sem-tetos afetados pelo coronavírus. Preocupados com as famílias que são nossa base e força do movimento e vivem nas periferias e situação de vulnerabilidade, o MTST está arrecadando recursos que serão utilizados para compra de cestas básicas, verduras e frutas e medicações para milhares de sem teto em todo Brasil.

As doações podem ser feitas aqui.


MNCR (campanha nacional)

A ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária, em recomendações para a Gestão de Resíduos em situação de Pandemia por Coronavírus (Covid-19), orienta a paralisação da “coleta seletiva, transporte e de manejo do material nas Instalações de Recuperação dos Resíduos, devido aos riscos de contaminação”, bem como “que os catadores de materiais recicláveis devem ser compensados por meio de Auxílio Social Temporário”, a ser instituído nos governos locais. A Defensoria Pública da União (DPU) em conjunto com algumas Defensorias estaduais, assim como o Ministério Público do Trabalho, têm expedido para Prefeituras e órgãos públicos recomendações para garantia das Catadoras e Catadores de Materiais Reciclável no Brasil frente a pandemia do coronavírus. Entre as recomendações esta a necessidade de programas de renda mínima e segurança alimentar, além de fornecimento de equipamentos de proteção e produtos de limpeza. 

Em todo o país, estão sendo realizadas campanhas de solidariedade às catadoras e catadores de materiais recicláveis. Estão arrecadando alimentos e produtos de higiene e limpeza. 

Quer ajudar, em Porto Alegre, contate pelo fone 51 98922.6565. Informações aqui.


Peça uma tele e ajude um morador de rua

A CorrenteDoBem dos Cozinheiros do Bem conta com 12 parceiros, nas cidades de Porto Alegre, São Gabriel, Novo Hamburgo e Cachoeirinha. A cada pedido de alimentação que você realizar, um morador de rua receberá um alimento. Confira quem participa da campanha e como fazer os pedidos.

Yatta! Buffet de Sushi (Porto Alegre)

(51) 3209.9979

Cada combo = 1 yakissoba para moradores de rua

 

SushiGo! (Porto Alegre)

(51) 3022.2525

Cada combo = 1 yakissoba para moradores de rua

 

Chica Parrilla y Bar (Porto Alegre)

(51) 3779.7702

Cada tele = 1 carreteiro para um morador de rua

 

Mureta (Porto Alegre)

iFood, Uber Eats e (51) 99518.2966

Cada tele = 1 carreteiro para um morador de rua

 

Divino Sabor (São Gabriel)

(55) 3232.3279

Cada tele = 1 carreteiro para um morador de rua

 

Baita Pizza (São Gabriel)

(55) 99604.8154

Cada tele = 1 carreteiro para um morador de rua

 

La Bodega (São Gabriel)

(55) 99644.3337

Cada tele = 1 carreteiro para um morador de rua

 

Home Sushi Home (Novo Hamburgo)

(51) 3273.8881

Cada pedido = dois risotos a moradores de rua

 

La Nave Bocadillos y Cañas (Porto Alegre)

(51) 992442.2015

Cada tele = 1 carreteiro para um morador de rua

 

Charlie Brownie (Porto Alegre)

(51) 3391.3902

Cada tele = 1 sanduíche Farroupilha para um morador de rua

 

Lado B Marmitaria (Cachoeirinha)

(51) 99938.3113

Cada tele = 1 prato econômico para moradores de rua

 

Bargastro Imperial

Uber Eats

Cada pedido = 1 prato de massa com carne para moradores de rua

 

Edição: Katia Marko