Rio Grande do Sul

Eleições 2020

A Cidade que Queremos conversa com Adão Pretto Filho

Candidato a vice-prefeito de Viamão pelo Partido dos Trabalhadores, Adão compõe a chapa com Guto Lopes (PDT)

Brasil de Fato | Porto Alegre |
A Cidade que Queremos entrevista os candidatos do campo popular e progressista nas eleição municipais de 2020 - Reprodução

Cidade vizinha de Porto Alegre, Viamão tem uma população estimada em 256.302 habitantes. É o sétimo município mais populoso do estado e o maior em extensão territorial da Região Metropolitana de Porto Alegre.  Em seu território ficam localidades como a aldeia indígena Cantagalo e as comunidades rurais Capororoca, Passo da Batalha e Beco do Pesqueiro. Com uma forte presença da agricultura familiar, o município abarca a maior plantação de arroz orgânico do estado.  

De acordo com o site do Executivo municipal, a origem do nome Viamão é controversa. Uma das versões diz que a certa altura do Rio Guaíba pode-se avistar cinco afluentes (rios Jacuí, Caí, Gravataí, Taquari e dos Sinos), que formam uma mão espalmada. Daí a frase: “vi a mão”. Conforme alguns, seria originário do nome “ibiamon”, que significa “Terras de Ibias” (pássaros). Outros afirmam que seria uma passagem entre montes, o que chamavam de via-monte. E existe ainda o relato de que teria como origem o antigo nome da província de Guimarães, em Portugal: Viamara.

Com um “clima” e uma atmosfera interiorana, e de uma riqueza ecológica, a cidade se viu, nos últimos anos, envolta em uma queda de braço para a instalação de um grande aterro sanitário, um lixão a céu aberto. Movimentos sociais da região e moradores têm se articulado e se manifestado contra a instalação. Além disso, mais recentemente, o atual Executivo municipal foi apontado em fraudes licitatórias e desvios de renda na área da saúde

Retomar o ideal de uma cidade mais participativa, cidadã, popular e sustentável é o que querem Guto Lopes (PDT), candidato à prefeitura de Viamão, e seu vice, Adão Pretto (PT), ambos atuais vereadores do município. 

Guto e Adão 

Nascido em Itapuã, Carlos Augusto Lopes, o Guto, tem 39 anos. É filho do pequeno agricultor e Valmir Lopes e da professora Ducarmo Batista. É graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, além das graduações técnicas em Transações Imobiliárias e Tecnologia da Informação. Pai da Luiza, de 5 anos, do Bento, de 1 ano e meio, e do Leonel, de quase um mês, é casado com Karoline Nagel. Atualmente exerce mandato como vereador pelo PDT. 

Adão Pretto Filho é um dos filhos de Adão Pretto, que foi um dos fundadores do Movimento Sem Terra e, em 1986, foi o primeiro agricultor eleito a ocupar uma cadeira como deputado estadual constituinte. Nascido em Miraguai, sua família veio para a cidade de Viamão em 1987, quando Pretto Filho tinha três meses de vida, e fixaram residência na região de Santa Isabel, onde vive até hoje. Iniciou sua militância política nos movimentos sociais, atuando como secretário da Juventude do PT. Coordenou na Região Metropolitana as campanhas de seu pai, em 2006, e de seu irmão, deputado Edegar Pretto (o mais votado do PT), em 2010. Em 2016 Adão Pretto foi eleito para seu primeiro mandato como vereador da cidade, marcado pelas bandeiras do enfrentamento à violência de gênero e doméstica, a produção e acesso a alimentação orgânica, e o transporte público municipal.

Tanto Guto quanto Adão tiveram e tem uma forte atuação contra a instalação do aterro sanitário na cidade. Nesse a Cidade que Queremos, o Brasil de Fato RS e a Rede Soberania conversaram com Adão Pretto Filho. Por motivos de agenda, Guto Lopes esteve presente. Os candidatos compõem a coligação intitulada Esperança Viamão, com apoio do PCdoB, Rede e PRÓS, além de lideranças de diversas áreas não ligadas a partidos.

Confira a live completa e um resumo com os principais pontos debatidos:

Educação 

Adão - Temos feito a construção do nosso plano de governo com nossos partidos, mas também com pessoas que não são filiadas a partidos, são professores, da área da saúde, da assistência social, da cultura. A educação foi um tema que nos debruçamos bastante, com muitas pessoas, fizemos plenárias virtuais, algumas presenciais com poucas pessoas. 

Temos o entendimento que a área da educação tem que ter um olhar especial. Temos mais de 67 escolas municipais, além das escolas estaduais. Temos o Instituto Federal. Queremos estabelecer parcerias com o Instituto Federal, com as escolas estaduais. Temos o entendimento que temos que ter escolas de tempo integral, uma bandeira do PDT, do Brizola. E nós do PT também temos esse entendimento, da valorização da educação, da valorização dos trabalhadores da educação que nos últimos tempos perderam muitos direitos. Queremos retomar isso. Os professores serão valorizados no nosso governo. 

A escola de tempo integral é para que as crianças possam entrar de manhã na escola, tomar um café e sair com janta. E além de uma escola que de fato vai atender a nossa juventude, crianças, uma escola de qualidade de ensino. Queremos uma escola inclusiva, com tecnologia, que tenha cultura, arte. Esse modelos que estamos pensando de uma escola de tempo integral, a princípio, será regional. Como eu disse, são mais de 67 escolas, e óbvio que não vamos ter perna nem orçamento para fazer todas as escolas por turno integral, mas sim escolas polo, por regiões. 

Queremos ampliar as escolas municipais e dentro da escola ter a creche de 0 a 5 anos. Temos uma demanda hoje em torno de 10 mil vagas de creche. 

Saúde 

Adão - Primeiro fazer concurso público para área da saúde. Hoje, em torno de 80% do quadro da área da saúde pública de Viamão é terceirizada ou quarteirizada. Uma mão de obra precária, um salário muito abaixo da linha. 

Outra proposta que nós temos é abrir postos de saúde até as 10 da noite. Em torno de 60 mil pessoas saem de Viamão para trabalhar fora da cidade e retornam, muitas vezes às seis e meia, sete da noite; e quando têm um problema de saúde precisam retornar, por exemplo, para Porto Alegre. Tem uma UPA em Viamão, mas ela é muito pequena para nossa população, e ela, praticamente todos os dias, está superlotada. Temos o entendimento que os postos de saúde têm que estender o horário até as 10 da noite. Hoje, o segundo maior orçamento da cidade é para área da saúde, vem recurso do estado, da União. Então tem recurso suficiente para fazer essa proposta. 

Queremos criar uma UPA 24 horas na região rural, das Águas Claras. Queremos fazer uma revolução na área da saúde, pelo tamanho da nossa população e o descaso que tem nos últimos tempos. E também fazer parceria com o hospital de Viamão. 

Queremos criar a casa da mulher, que dê um amparo. Hoje, da população da nossa cidade, 56% são mulheres. Tem que ter uma política especial para as mulheres, as mulheres têm questões específicas de saúde que são diferentes do homem. E, muitas vezes, nos postos de saúde, não têm uma atenção necessária como deveria ter. Queremos que seja um espaço para área da saúde, da assistência e que também seja um espaço de denúncia.  E que a gente possa ter nos CRAS um mecanismo de denúncia de violência doméstica. Queremos ter uma atenção prioritária para a questão das mulheres, da política afirmativa, dando autonomia e empoderamento para as mulheres de Viamão. 

Aterro Sanitário X Zona Rural

Adão - Somos totalmente contra o lixão, o aterro sanitário de grande porte para colher o lixo de boa parte da Região Metropolitana. Isso tornaria Viamão a latrina da Região Metropolitana. Tanto eu quanto o Guto fomos os vereadores que tomaram a linha de frente junto com a população, com os moradores da região rural, denunciando esse descaso, fazendo audiências públicas. 

Se ganharmos a prefeitura, essa proposta vai ser banida da cidade, porque temos o entendimento que a região rural é a nossa pedra preciosa, uma beleza natural. Temos um grande potencial em Viamão, e isso passa pela região rural, passa pela nossa produção. A cidade é hoje referência na produção de arroz orgânico da América Latina. A maior produção é do RS, mas a maior plantação sai da nossa cidade de Viamão. E se chega a instalar um empreendimento dessa envergadura, todo esse potencial vai por água abaixo. Em poucos dias nosso solo estará totalmente contaminado. 

Além, é claro, temos nossas áreas indígenas, os quilombos, nossas vertentes. Temos um manancial maravilhoso, um potencial extraordinário na área da agricultura, do turismo rural, nossa beleza de Itapuã. Então essa proposta que o ex-prefeito está levantando, negociando com os proprietários, não sei que interesse há por trás disso. É estarrecedor a pressão, a ganância desses empresários para colocar esse aterro sanitário aqui na cidade, esse megalixão.

É óbvio que temos que cuidar do nosso lixo, temos que ter a preocupação com o nosso lixo. Lixo hoje é geração de emprego e renda. Queremos estabelecer, estreitar as relações com as cooperativas de recicladores, potencializar as cooperativas. Queremos retomar essa parceria. Lixo é renda e pode ser recurso para muitas famílias. Queremos estabelecer parcerias com a nossa região rural, queremos ter estradas boas para que se possa escoar a nossa produção. Queremos que a prefeitura chegue em todos os cantos do município, com a criação se subprefeituras. Queremos criar programas, ações na área do turismo, da preservação do meio ambiente e especialmente da nossa agricultura. 

Temos agricultores que querem trabalhar na terra, que querem sobreviver do meio rural, só que precisam da prefeitura, do poder público. Vamos criar uma agência de desenvolvimento e captação de recurso para nossa região rural. 

Emprego e renda 

Adão - O que mais emprega na cidade é o pequeno e médio empreendedor. E não tem uma política de apoio, incentivo, valorização. Temos estudado as leis e queremos fazer algumas alterações na legislação, dando uma maior facilidade, desburocratizando. Às vezes tem uma fiscalização enorme sobre os pequenos, e sobre os grandes muito pouco, temos que reverter esse quadro. 

Queremos atrair indústrias, empregos para a cidade, mas, claro, pensando primeiro na sustentabilidade, na preservação da nossa natureza. É um desafio enorme. Ainda mais nessa crise que estamos passando, uma crise econômica, uma crise sanitária, e também uma crise política aqui na cidade. 

Queremos modernizar, desburocratizar. E que nas subprefeituras possa ter um departamento aonde vai permitir alvarás para que as pessoas não tenham que ir para o centro da cidade. Temos um potencial enorme, espaço temos de sobra. Queremos modernizar nosso parque de indústria. 

Temos parceiros com quem temos feito algumas conversas, como, por exemplo, na área do aeródromo que temos em Viamão, podemos ter um Centro de Distribuição, que é nas Águas Claras. Podemos atrair esse polo aeronáutico para a cidade. Já há um espaço, já está funcionando, mas falta fazer uma pavimentação. Isso pode atrair emprego e renda, e pode descer muitos aviões e ter um centro de distribuição de mercadorias, o que pode atender toda a Região Metropolitana. Isso é geração de emprego e renda, isso é desenvolvimento. Temos espaço para atrair tanto pequenas empresas, como médias e grandes. 

Cultura e lazer 

Adão - Eu tenho dito que a nossa cidade é um celeiro de artistas, de pessoas da área do esporte. Temos esse potencial muito forte. Viamão já teve festivais, tínhamos a rua do lazer, o Arraial da Alegria, e atrações nas comunidades, nas periferias. Muitas vezes a nossa criançada, nossa juventude quer um espaço para se apresentar. Temos o compromisso de retomar essas coisas boas da cultura, do lazer, do esporte. Coisa que deu certo no passado e foi exterminado ao longo do tempo. Queremos retomar os festivais, as festividades, a rua do lazer, o Arraial da Alegria e tantos outros. Incentivar o esporte e cultura faz girar o comércio, traz renda, consumo, isso não é dinheiro fora, isso retorna para comunidade, para o município. 

Na área do esporte temos o potencial com os clubes de futebol. Tem uma reclamação enorme que a prefeitura não tem um olhar para o esporte, para o lazer. Aqui temos o Parque Saint-Hilaire, que hoje pertence à prefeitura de Porto Alegre, mas está dentro do município de Viamão. Sabemos o potencial do parque, que hoje está abandonado, a prefeitura não tem parceira com a de Porto Alegre. Não tem segurança, muitas pessoas não frequentam o espaço por falta de segurança. Queremos restabelecer essa parceria, esse diálogo com a Capital, para que se tenha segurança, se torne um espaço de lazer, de convivência. No Parque Saint-Hilaire, são mais de 100 hectares, que faz divisa com o bairro Lomba do Pinheiro. 

Queremos estabelecer essa parceria com o Parque, além de cuidado com outros espaços, como o lago Tarumã, que hoje está abandonado, inclusive o esgoto da cidade está indo para o lago. Temos a proposta de revitalizar aquele espaço para ser um local de convivência. E também as nossas praças, que inclusive muitas foram privatizadas, como por exemplo a praça Santa Isabel, que tinha o Arraial da Alegria, as ruas do lazer. Queremos rever esses contratos e entregar as praças para a população da nossa cidade, revitalizar esses espaços e dar vida a eles, tendo ali um espaço de convivência, de lazer, de esporte, e também cultural. 

Mobilidade Urbana

Adão - Temos na cidade apenas uma empresa de transporte coletivo que é a Viamão. Não temos nada contra os trabalhadores da empresa, mas é um monopólio. Hoje a passagem de Viamão é a mais cara da Região Metropolitana. Para tu teres uma ideia, para tu pegar um ônibus de Itapuã para o centro da cidade, passa de R$ 11,00. Então primeiro queremos rever esse contrato, essa licitação do transporte coletivo, fazer auditoria desse contrato e, se for o caso, fazer uma nova licitação. O monopólio não é bom para a população porque é uma empresa só que faz do jeito que quer, bota a tarifa muito alta. Inclusive a prefeitura nesse último governo retirou uma série de direitos dos idosos, dos estudantes, alegando que iria baixar o valor da tarifa em 30%, e pelo contrário, passou seis meses e a tarifa aumentou mais de R$ 0,50. Queremos rever esse modelo de transporte coletivo. 

Também queremos criar outras alternativas de transporte, transporte limpo, e aí eu estou falando das ciclovias. Queremos criar esses espaços de ciclovias que possam ligar a Santa Isabel até o Saint-Hilaire, por exemplo, ou do centro de Viamão que venha até a 40. Isso é um projeto que não é caro e que tem benefício enorme para população. Além da agilidade no trânsito, tem a questão da prática do esporte, isso é melhoria de qualidade de vida da população. E temos que criar outras alternativas de transporte. Sabemos da dificuldade que o trabalhador sente todos os dias para sair da cidade de Viamão e trabalhar fora, além de pagar uma passagem caríssima, tem o tempo de duração de transporte. Hoje um trabalhador passa em torno de duas horas e meia dentro de um ônibus, uma hora e 15 para ir e mais uma hora em 15 para voltar de Porto Alegre, por exemplo, às vezes chegando até três horas. 

Tem a questão do escoamento, não queremos a Ipiranga de Porto Alegre à Viamão, porque isso é um crime ambiental, inviável, até porque tem o morro, passa na UFRGS, essa proposta é uma falácia. Mas uma proposta que é viável, um projeto que é possível, inclusive veio verba do governo federal na época da presidenta Dilma, foi a duplicação do Caminho do Meio, que pega Viamão, Alvorada e Porto Alegre, e tem trânsito intenso ali. Veio na época os R$ 43 milhões e a contrapartida dos municípios era fazer o projeto da duplicação do Caminho do Meio. Aí era um convênio, um consórcio entre as prefeituras de Viamão, Porto Alegre e Alvorada, e que os prefeitos das cidades não apresentaram o projeto em tempo hábil e acabamos perdendo o recurso, que retornou para o cofre da União. Nós queremos rever isso, inclusive fiz uma conversa com Stela Farias, que está concorrendo à prefeitura de Alvorada, e se tivermos a oportunidade de chegarmos à prefeitura de Viamão e a Manuela D'Ávila em Porto Alegre, podemos estabelecer um consórcio e concretizar esse sonho, que é a duplicação do Caminho do Meio que certamente irá facilitar muito a vida da população. O tempo de trajeto vai diminuir cerca de 40%. 

Alimentação, cesta básica e produção orgânica 

Adão - Como queremos ter escola em tempo integral, queremos uma alimentação saudável para nossas crianças. A agricultura está ligada em vários pontos, principalmente na área da educação. Temos esse compromisso, se chegarmos no Executivo municipal, de comprar alimentação saudável, produção orgânica dos nossos agricultores, das cooperativas, de ir direto para rede de ensino municipal, para as escolas, e que também possa atender os CRAs, a assistência social. Sabemos que há muitas famílias em situação de vulnerabilidade e que a prefeitura tem o dever de atender aquelas que mais precisam. Queremos usar essa riqueza que nós temos, a produção orgânica. Para se ter uma ideia, Viamão é a cidade que mais produz para a Ceasa de Porto Alegre  

Eu, como vereador, um dos primeiros projetos que apresentei foi criar uma mini Ceasa em Viamão, um mercado público, o projeto foi aprovado mas acabou sendo vetado pelo prefeito. É um projeto viável. Os nossos comércios, os nossos mercados das vilas, das comunidades, hoje temos três mercados em cada vila. Temos mais de 300 vilas e cada vila tem dois, três mercadinhos de esquina. E 70% dos nossos mercados de Viamão, pequeno, médio e grande, vai na Ceasa buscar o seu produto. Olha o retrabalho, o agricultor sai de madrugada levar seu produto, vender na Ceasa, e o comerciante de Viamão vai logo atrás comprar essa mercadoria e trazer para seus estabelecimento. 

Temos esse compromisso, está no nosso plano de governo de criar um espaço de comercialização direta, um mercado público, uma mini Ceasa, que pode atender à economia solidária. Tem a área, tem o prédio, precisa ser revitalizado, ter investimento, mas isso com certeza retorna, porque ali vai ter o comércio, vai ter a geração de emprego e renda, as pessoas vão consumir na cidade, o imposto fica aqui. E é um compromisso que temos com os agricultores, com o comércio e com a população da cidade, porque a qualidade vai ser melhor, o preço mais acessível. Queremos investir forte na área do campo, na agricultura.

Gestão democrática e participação popular 

Adão - Tivemos nesse quesito tantos exemplos positivos, que começou lá com Olívio Dutra, que é o nosso mestre. Queremos retomar esse processo. Isso também passa pela descentralização do centro administrativo, as subprefeituras, que vai estar próxima dos bairros, da comunidade, já começa por aí, a descentralização do serviço público. Queremos criar uma espécie de Orçamento Participativo, de uma forma mais moderna, queremos estabelecer esse canal mais direto, escutar a população. Também a retomada dos acampamentos administrativos, que se iniciou com o Tapir Rocha, onde se ia nas comunidades, mutirões para ouvir a população. Queremos criar também o programa asfaltaço que chega nas vilas e comunidades. 

Ainda na gestão democrática, queremos retomar a participação e a democracia nas escolas. Hoje é uma imposição, o prefeito indica os mais de 60 diretores das escolas, o corpo diretivo da escola, e nós queremos devolver essa oportunidade para comunidade escolar escolher o diretor, o corpo diretivo da escola. Além de ser um aliado dos Conselhos Municipais, hoje tem alguns conselhos que estão praticamente desativados. Temos o compromisso de reativar, potencializar e escutar os conselhos municipais da cidade. 

Segurança Pública

Adão - Queremos estabelecer parcerias com a Brigada Militar, com a Polícia Civil, com a nossa Delegacia da Mulher, uma conquista do governo Tarso Genro. Queremos, o poder público municipal, estabelecer parcerias com a segurança pública estadual. E claro, criar uma secretaria de segurança pública. Hoje nós temos os nossos vigilantes que têm a função de cuidar do patrimônio público, mas esses profissionais têm um poder muito maior, um cuidado maior, de fazer uma ronda nas paradas de ônibus, bem cedo, de onde sai o trabalhador. Temos reclamações de pessoas que vão trabalhar de manhã , e a criminalidade acaba assaltando. Então se tivermos uma ronda da Guarda Municipal, aproveitar melhor essa Guarda Municipal, estabelecer uma secretaria de segurança pública que dê um poder maior para os nossos trabalhadores do município da segurança, pode dar um amparo maior para nossos trabalhadores e estudantes. 


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Edição: Marcelo Ferreira