Rio Grande do Sul

Ato simbólico

340 velas são acessas para lembrar das 340 mil vidas perdidas por conta da covid-19

No encerramento do Dia Mundial da Saúde, sindicato realiza ato simbólico em memória das vítimas fatais em Porto Alegre

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Ato aconteceu em frente à Catedral Metropolitana de Porto Alegre - Stéfano Moura / Sindisaúde-RS

Nesta quarta-feira (08), Dia Mundial da Saúde, o Brasil registrou a soma de 340.776 vidas perdidas em decorrência da covid-19. Em memória dessas vítimas fatais, o Sindisaúde-RS realizou um ato simbólico em frente à Catedral de Porto Alegre, acendendo 340 velas. A manifestação realizada à noite foi precedida de um dia intenso de manifestações em que diversas entidades cobraram por medidas que defendam a vida. 

Por cerca de uma hora, cerca de 20 manifestantes acenderam as velas em frente a Catedral Metropolitana. Além de prestar uma homenagem às vidas perdidas, a manifestação também serviu para demonstrar a insatisfação com a política pública na área da saúde, conforme explica o presidente do Sindisaúde, Júlio Jesien. “O protesto lembrou o sete de abril como Dia Mundial da Saúde e por conta disso foram acessas 340 velas simbolizando as 340 mil mortes a qual se chegou no dia de ontem”, aponta. 

Além disso, o ato também celebrou a ampliação da vacinação, ocorrida no Dia Mundial da Saúde, aos profissionais da saúde das áreas de apoio. "Essa ampliação foi fruto de negociação do sindicato com a Secretaria de Saúde de Porto Alegre, e foi o presente que entregamos para a categoria neste dia", explicou o presidente.  

Presente no ato, o presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS), Amarildo Cenci, complementou dizendo que a manifestação serviu para chorar e se solidarizar com as famílias que perderam seus entes queridos. Conforme aponta o dirigente, dois terços das 340 mil mortes são de responsabilidade exclusiva do Bolsonaro e do seu governo, que se reflete em muitos estados e municípios que adotam a mesma política de não cuidar da população e de achar que "a economia vai ser salva pelo abre e fecha, ou por bandeirinhas". 

“A simbologia tem a ver com essa espiritualidade, são vidas que se ceifaram, mas que ficam na nossa memória, e na nossa memória de luta, de que nunca mais se repita nesse país, ou em qualquer parte do mundo, essa prática de dizimar parte da população através de uma política genocida, irresponsável, que não cuida do seu povo, cometendo quatro erros básicos fundamentais: considerá-la uma gripezinha, não orientar protocolos tanto sanitários quanto tratamento, não procurar vacina e não defender isolamento social com lockdown, que o mundo ensinou e mostrou que é viável”, finaliza. 


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Edição: Marcelo Ferreira