Rio Grande do Sul

Povos Indígenas

CSP - Conlutas faz travessia de barco com comunidade indígena no 1° de maio

Após a travessia, será realizado um ato envolvendo a luta do povo Mbya Guaraní da Ponta do Arado, em Porto Alegre

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Sob pressão, retomada Mbya Guarani na Ponta do Arado irá participar de roda de conversa e ato de solidariedade no 1° de maio - Douglas Freitas/Amigos da Terra Brasil

Em uma ação coletiva para reunir na luta os trabalhadores urbanos e a comunidade indígena, a CSP-Conlutas faz, neste 1º de maio, Dia do Trabalhador e de Trabalhadora, um ato político no bairro Belém Novo, em Porto Alegre, que receberá os indígenas da retomada da Ponta do Arado.

A comunidade indígena da região do Extremo Sul da Capital, chamada de Ponta do Arado, está em uma disputa que se estende há quase três anos, com um recente aumento da pressão sobre a retomada dos Mbya Guarani.

A travessia será feita de barco, pois é o único meio de acesso da comunidade com o bairro Belém Novo. Os representantes da comunidade indígena irão desembarcar para participar da roda de conversa e ação de solidariedade que ocorre a partir das 15h, na Praça Inácio Antonio da Silva, a praça central de Belém Novo (esquina da rua Dr. Cecílio Monza com a avenida Heitor Vieira).

Histórico do conflito

Essa batalha por território, na resistência contra a invasão imobiliária, teve início em 2018, com a retomada da terra. A comunidade tem sofrido ameaças e atentados, já que sua existência e resistência impede a construção de complexos imobiliários na região. Trata-se de um local e de uma comunidade sem qualquer apoio do poder público, situação agravada pela pandemia – muitos dos residentes vivem da venda de artesanato, o que está prejudicado pela crise sanitária.

Solidariedade no 1º de Maio

Rejane de Oliveira, dirigente estadual da CSP-Conlutas, destaca que “as lutas da classe trabalhadora são por justiça para todos e todas e, no Dia dos Trabalhadores, reforçaremos essa ideia com a mobilização conjunta".

Ao mesmo tempo, a dirigente reforça que a central estará na defesa de vacina para todos e todas, auxílio emergencial, escolas fechadas, e também no reforço da luta contra as privatizações das empresas públicas.

A CSP - Conlutas participará do ato unificado no Largo Glênio Peres, no sábado (1°), às 10h. Após, às 11h, haverá o Ato Nacional Virtual da CSP-Conlutas. Depois, às 15h, ocorre a referida roda de conversa e ação de solidariedade com a comunidade indígena Mbya Guarani na praça central de Belém Novo.


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Edição: Marcelo Ferreira