O Rio Grande do Sul ultrapassou, nesta sexta-feira (7), a marca de 1 milhão de pessoas infectadas com o novo coronavírus. De acordo com o boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES), nas últimas 24h foram registrados 7.462 novos casos, elevando para 1.003.065 de pessoas que já foram contaminadas. O estado também soma 25.807 vidas perdidas por conta da doença, desde o início da pandemia com a confirmação de 139 óbitos.
De acordo com a SES, Porto Alegre foi a cidade com o maior registro de vítimas fatais, sendo 19 óbitos, seguida de Gravataí (8), Canoas (7), Santa Maria, Pelotas e Uruguaiana (6), São Leopoldo (5), Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul e Viamão (4). Outras diversas cidades registraram, hoje, de um a três óbitos.
Dos 497 municípios gaúchos, somente nove não têm registro de vítimas fatais.
Situação das UTIs no estado
A ocupação geral das UTIs em todo o Rio Grande do Sul marcou 79,8% às 18h desta sexta-feira. São 2.700 pacientes em 3.382 leitos de UTI. Dos pacientes internados, 1.669 (62%) têm diagnóstico positivo para a doença e mais 81 (3%) estão sob suspeita.
A ocupação dos leitos de UTI da rede privada registra 91,5% em todo o estado. Já os leitos do Sistema Único de Saúde têm ocupação de 75,4%. Dos 2.504 leitos SUS em operação, 1.889 estavam ocupados.
Ocupação dos leitos na Capital fica abaixo de 90%
A ocupação dos leitos de UTI em Porto Alegre registrou a marca de 87,04% hoje. Três hospitais da cidade estão atendendo além da sua capacidade e dois estão em seu limite.
Dos 806 pacientes em cuidados intensivos na Capital, 426 têm covid-19 confirmada. Além disso, 9 têm suspeita da doença e 10 positivados aguardam na emergência por leitos.
Estado permanece em bandeira vermelha até a próxima semana
Em mais de um ano de pandemia, o estado viveu seu pior momento no mês de março, em que houveram recorde de mortes, contaminação e o colapso no sistema de saúde. A redução nos índices de mortes e ocupação de leitos, fez com que o governo do estado passasse todo o estado de bandeira preta, risco altíssimo de contaminação, para a bandeira vermelha.
A situação deve permanecer até a próxima semana, quando o governo apresentará o novo modelo de distanciamento social do estado. Inicialmente a mudança aconteceria na próxima segunda-feira (10), contudo o prazo foi estendido até o dia 15.
O novo modelo deve manter as divisões das 21 regiões Covid, nas sete macrorregiões, além do estado como um todo. A previsão é que os municípios tenham maior participação na gestão das medidas a serem adotadas, uma vez que poderão adotar protocolos por atividades mais flexíveis do que o protocolo padrão do estado ou terem até regras mais rígidas.
País se aproxima das 420 mil vítimas fatais
O Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass) registrou, em boletim publicado hoje (7), 2.165 óbitos e 78.886 infectados em todo o país. Com isso, o Brasil já soma 419.114 mortes e 15.082.449 contaminados pelo novo coronavírus.
De acordo com o Conass, o RS permanece como o terceiro estado em número de infectados e o quarto em relação às vítimas fatais.
O que é coronavírus?
É uma extensa família de vírus que podem causar doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a OMS, em humanos, os vários tipos de vírus podem causar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns até a crises mais graves como as provocadas pela síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) e a síndrome respiratória aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.
Como ajudar a quem precisa?
A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.
Como tirar dúvidas?
A Secretaria Estadual da Saúde recomenda à população e aos profissionais de saúde do RS que entrem em contato com a vigilância epidemiológica de seu município para esclarecimento de dúvidas. Nos horários que as repartições municipais não estiverem atendendo ao público, está disponível o telefone 150 - Disque Vigilância da SES. Questionamentos podem ser encaminhados também para o email [email protected].
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Edição: Katia Marko