Rio Grande do Sul

Mobilização

Rodoviários voltam a protestar contra extinção gradual dos cobradores

Audiência pública nesta quinta debate a proposta de extinção dos cobradores de ônibus de Porto Alegre

Sul 21 |
Rodoviários entregaram à Prefeitura ofício pedindo a adiamento do projeto - Divulgação

Trabalhadores do transporte público de Porto Alegre realizaram, na manhã desta quinta-feira (19), uma manifestação contra o projeto de lei que propõe redução e extinção gradual da função de cobrador de ônibus na Capital. Ainda em fase de tramitação, o projeto será debatido em audiência pública na Câmara de Vereadores a partir das 19h.

Presidente do Sindicato dos Rodoviários (Stetpoa), Sandro Abade afirma que a categoria começou a mobilização para tentar barrar mais uma vez o projeto, que já havia sido apresentado na gestão de Nelson Marchezan Júnior (PSDB), mas não foi aprovada na época.

“Hoje foi o início de vários protestos que poderão ocorrer na cidade se esse projeto não for retirado nesse momento. Nós temos o entendimento de que é uma covardia da Prefeitura e de vereadores da situação botar um projeto desses para votação onde o trabalhador não pode se manifestar em sua defesa, pois a Câmara está fechada”, diz Abade.

Após o protesto, representantes da categoria se reuniram no Paço Municipal com o vice-prefeito, Ricardo Gomes, e entregaram um ofício pedindo oficialmente o adiamento da tramitação do projeto. “Solicitamos ao vice-prefeito que adiasse o projeto, pelo menos, até a Câmara de Vereadores abrir e ainda não obtivemos a resposta. O prefeito Marchezan perseguiu os cobradores por quatro anos e o Melo começou perseguindo também”, afirma Abade.

A Prefeitura defende a necessidade do projeto como uma das formas de tentar reduzir o valor da tarifa de ônibus da Capital e de enfrentar a redução no número de passageiros do sistema de transporte.

“Estamos abertos ao diálogo amplo com a categoria e com a população. Só que o sistema de ônibus está em crise. Transporta hoje 53% do que transportava em 2019. Por isso, precisamos criar novas soluções para o seu funcionamento”, diz Ricardo Gomes.

Edição: Sul 21