Rio Grande do Sul

PRÉ-CAMPANHA

PDT lança pré-candidatura de Vieira da Cunha ao governo do RS em evento com Ciro Gomes

Evento na noite desta quarta-feira em Porto Alegre contou com militantes, políticos e lideranças do partido

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Evento reuniu lideranças do PDT no Bar Opinião - Foto: Reprodução/Twitter Ciro Gomes

O PDT lançou a pré-candidatura de Vieira da Cunha para o governo do Rio Grande do Sul, na noite desta quarta-feira (8), em evento com cerca de duas mil pessoas no Bar Opinião, em Porto Alegre, com a presença do pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes. Participaram da atividade militantes, políticos e lideranças do partido, como o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, e o presidente estadual Ciro Simoni.

Em sua manifestação, Vieira da Cunha disse estar emocionado e explicou que seu afastamento de seis anos da vida política não foi um abandono, apenas que voltou a exercer sua profissão de procurador no Ministério Público do RS. Explicou que sua pré-candidatura ao governo gaúcho se deu após a desistência do presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, quando então foi “convocado” por Carlos Lupi.

“Vamos juntos honrar a tradição do trabalhismo do Rio Grande do Sul”, disse o pré-candidato, recordando de Getúlio Vargas e Leonel Brizola. “Vamos ganhar as consciências desse estado para a necessidade de que um trabalhista volte a ser governador, não por vaidade, não por ambição, não por projeto político pessoal, mas por ideologia, uma causa na qual eu acredito firmemente”, completou, destacando a prioridade da educação para o futuro do país.

Criticou o teto de gastos imposto ao estado para a aprovação do Regime de Recuperação Fiscal. “Um governador subserviente foi lá e o governo federal impôs condições inaceitáveis. Eduardo Leite, e agora seu sucessor, assinou comprometendo nosso Rio Grande nove anos pra frente, numa espécie de intervenção inaceitável do governo federal aqui no Rio Grande”, criticou, comprometendo-se a resolver o problema da dívida do RS.


Vieira da Cunha ao lado de Ciro e correligionários do partido / Imagem: Reprodução/Facebook

Ciro analisa o país e faz acusações

O pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes, expressou alegria em ver a cultura do Rio Grande. No início de sua fala, citou trecho do hino do estado que diz que “povo sem virtude acaba por ser escravo”. Segundo ele, essa é a condição do Brasil hoje. “Perdemos a virtude”, completou.

Durante o discurso, Ciro apostou na ideia de polarização entre Lula e Bolsonaro. Disse que Bolsonaro era “um deputado picareta, do baixo clero, que roubava até dinheiro da gasolina do gabinete” e que o povo brasileiro o elegeu por “uma mágoa justa e compreensível do PT”. 

Ciro também lembrou da pesquisa que aponta que 33,12 milhões de brasileiros passam fome e que 60 de cada 100 pessoas estão comendo precariamente, enquanto o país colhe a maior safra agrícola de sua história. Segundo ele, o que explica isso é a política brasileira, “montada há décadas para drenar o suor, o trabalho e a renda de quem trabalha e produz para meia dúzia de barões para o sistema financeiro.”

Entre as diversas lideranças e políticos que fizeram falas, a deputada estadual pedetista Juliana Brizola afirmou que fazia tempo que o PDT do RS não dava uma demonstração de tanta força. Disse que Vieira da Cunha foi deputado estadual e federal e que sempre foi do lado do trabalhador e da trabalhadora desse país, agradecendo a ele por ter aceitado o desafio de concorrer.

A deputada citou alguns problemas do estado, entre eles o das crianças nas esquinas e o descaso com a educação. “Quem é que aguenta ver as escolas estaduais pedindo socorro em tudo que é município?”, questionou, afirmando que recebe denúncias de abandono do ensino público todos os dias em seu gabinete.

Legado trabalhista

Juliana também defendeu a candidatura de Ciro, que segundo ela “tem um projeto de resgate do Brasil de desenvolvimento nacional”. “Esse projeto com suas adequações no tempo vem de longe e como diria meu avô Leonel Brizola, afronta os interesses. Eu não canso de dizer, é o fio da história, é Getúlio, é Jango, é Brizola e agora é contigo Ciro Gomes”, afirmou.

O deputado federal Afonso Mota defendeu que o momento é de grande desafio, não apenas pela polarização, mas pelo “conjunto de políticas públicas que exclui, que aumenta as diferenças e que ataca a nossa causa, que é a causa da educação brasileira”. Disse que os candidatos do PDT valorizam a causa da educação.

Carlos Lupi lembrou que o partido tem um legado para deixar. “O Vieira tem um legado do trabalhismo e seu desafio é governar o estado melhor que o Brizola.”. Sobre Ciro Gomes, informou que o pré-candidato está viajando pelo Brasil inteiro e “é o único brasileiro que tem coragem de confrontar o sistema financeiro e econômico”.

Agenda de Ciro Gomes no RS


Encontro de Mulheres Trabalhistas na sede do PDT RS / Foto: Reprodução/Facebook

Ciro chegou a Porto Alegre nesta quarta-feira (8), em visita de três dias ao estado. Em seu primeiro dia, antes do pré-lançamento da candidatura de Vieira da Cunha, o ex-governador do Ceará participou de um encontro com mulheres trabalhistas.

Além disso, Ciro recebeu o título de Cidadão Honorário de Porto Alegre, na Câmara Municipal de Vereadores, concedido pelo vereador Mauro Zacher (PDT). Antes desta atividade, ele falou brevemente com a imprensa. Na ocasião, abordou temas como sua campanha, a terceira colocação nas pesquisas e propostas para o setor econômico para o país.

A agenda do pré-candidato segue nesta quinta-feira (9) em Caxias do Sul e na sexta (10), em Pelotas.


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Edição: Katia Marko