Os pré-candidatos ao governo do Rio Grande do Sul participaram, nesta quarta-feira (20), de uma mesa de debates na Associação Riograndense de Imprensa (ARI), em Porto Alegre. A atividade encerrou o Seminário sobre desenvolvimento, desigualdades regionais e planejamento federativo no Rio Grande do Sul, que iniciou no dia 4 de julho e contou com nove mesas que trataram de temas relacionados às desigualdades de cada região e diagnósticos das políticas de enfrentamento. Os pré-candidatos ao governo do estado apresentaram suas propostas para enfrentar os diversos problemas discutidos durante o evento.
Estiveram presentes Rejane de Oliveira, do PSTU; Ricardo Jobim, do NOVO; Roberto Argenta, do PSC; Christian Velloso Kuhn, representando Vieira da Cunha do PDT; Jorge Ussan, representando Edegar Pretto do PT; e Gustavo Moraes, representando Gabriel Souza do MDB. Beto Albuquerque, do PSB, e Pedro Ruas, do PSOL, haviam confirmado mas não puderam estar presentes por sintomas gripais. Eduardo Leite do PSDB, Onyx Lorenzoni do PL e Luiz Carlos Heinze do PP não compareceram em função de outras agendas e não indicaram representantes.
As falas dos pré-candidatos foram bastante diversas, trazendo o espírito de cada partido nas formas de enxergar as políticas públicas na resolução das desigualdades. Ainda assim, essa diversidade foi celebrada pelos presentes, que se mostraram satisfeitos de poder discordar em um ambiente de respeito e proposição, em tempos em que adversários políticos estão sendo vistos como inimigos e coibidos com violência.
Ricardo Jobim, do NOVO, acredita que um sistema liberal seja benéfico para todas as classes sociais e que fortalecer o empreendedorismo é uma das formas de fomentar a economia de cada região.
Já Rejane de Oliveira, do PSTU, pontua que é necessário fazer uma ruptura com o capitalismo e isso implica romper com a lógica dos empresários, revendo benefícios a grandes empresas e investindo na classe trabalhadora.
Roberto Argenta, do PSC, lembrou de potencialidades ainda pouco exploradas no estado, como o cultivo de oliveiras, e quer mostrar aos jovens que é possível ter sucesso na sua região de origem.
Christian Velloso Kuhn, representando Vieira da Cunha do PDT, afirma que a discussão acerca da privatização de serviços públicos é atrasada, e que reverter privatizações pode ser danoso ao RS num futuro próximo, mas defende o diálogo entre estado e iniciativa privada
Gustavo Moraes, representando Gabriel Souza do MDB, aposta em três eixos: transporte, saúde e educação. Segundo ele, são pontos que diminuem a desigualdade, como a otimização do transporte que pode melhorar o escoamento das produções e facilitar a chegada de outras políticas.
Finalizando a rodada de proposições, Jorge Ussan, representando Edegar Pretto, do PT, comparou os indicadores econômicos do RS com os dos demais estados do sul do Brasil, pontuando que a economia do estado cai enquanto a dos demais cresce. Ele acredita que será fundamental a retomada de um governo que olhe para as desigualdades no país e no estado como um todo, a fim de barrar o processo de desindustrialização acelerada pela qual passa o Rio Grande do Sul.
Confira a mesa de encerramento do seminário na íntegra:
O seminário
O seminário sobre as desigualdades no RS contou com 60 palestrantes com diversos conhecimentos e vivências. Ocorreu de 4 a 20 de julho, com abertura e fechamento de forma híbrida e demais mesas de forma online. Foi promovido pela RED - Rede Estação Democracia e a FACCAT - Faculdades Integradas de Taquara, e contou com o patrocínio do Afocefe – Sindicato dos Técnicos Tributários e do Estado do RS e da cooperativa de crédito Cresol.
Os apoiadores são três programas de pós-graduação e um de mestrado: Desenvolvimento Regional da Unijuí; Dinâmicas Regionais da UFRGS-Campus Litoral; Desenvolvimento Rural da UFRGS- Campus Central; e Mestrado Profissional em Gestão de Negócios da Unisinos.
Todas as transmissões ficam disponíveis para serem revistas nos canais das entidades promotoras: Youtube da RED | Youtbe da FACCAT.
* Gisele Agliardi é jornalista na Rede Estação Democracia.
:: Clique aqui para receber notícias do Brasil de Fato RS no seu Whatsapp ::
PRECISAMOS DO SEU APOIO
O Brasil de Fato RS não cobra nenhum tipo de assinatura dos leitores, todas nossas informações são gratuitas. Por isso, precisamos do seu apoio para seguir na batalha das ideias.
CONTRIBUA através do PIX 55996384941 (celular), em nome do Instituto Cultural Padre Josimo.
A democratização da comunicação é fundamental para uma sociedade mais justa.
Edição: Marcelo Ferreira