Rio Grande do Sul

LEGISLATIVO

Veja quais deputados gaúchos votaram contra os trabalhadores na Câmara Federal

Vinte e seis dos 35 deputados federais do Rio Grande do Sul votaram maciçamente contra os assalariados

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Apesar dos protestos, a reforma trabalhista foi aprovada com os votos da maioria dos partidos no Congresso - Antonio Cruz/Agência Brasil

Sempre que o interesse de quem vive de salário esteve em jogo, a imensa maioria da Câmara dos Deputados mandou contra. Foi o que apurou a pesquisa “Quem foi Quem no Congresso Nacional”, do Departamento Intersindical de Assessoria Sindical (DIAP), que examinou voto por voto dado nas questões que atingiam a vida dos trabalhadores.

E os deputados gaúchos como se comportaram? O levantamento demonstrou que quase 70% deles também jogaram no time adversário. E quem é essa turma? É o que vamos ver aqui, partido por partido. Confira:

PL
Na pesquisa do DIAP, o PL, partido do ex-ministro e candidato ao governo Ônix Lorenzoni, votou massivamente contra os interesses dos trabalhadores na Câmara Federal. Possui seis deputados e, deles, quatro votaram 100% contra os assalariados: o próprio Ônix Lorenzoni, mais Bibo Nunes, Marcelo Moraes e Giovani Cherini.  Dos demais, um votou 71,43% contra e o outro, 88,89%.     

MDB
O levantamento comprovou que a bancada do MDB gaúcho na Câmara dos Deputados votou 100% contra os trabalhadores. Foi o comportamento de Alceu Moreira, Osmar Terra, Darcísio Perondi, Márcio Biolchi e Giovani Feltes.

PP
Os quatro deputados federais gaúchos do PP, legenda do candidato ao governo, o senador Luis Carlos Heinze, votaram 100% na contramão dos interesses dos trabalhadores. Assim agiram Pedro Westphalen, Covatti Filho, Jerônimo Goergen e Afonso Hamm.  O próprio Heinze direcionou todos os seus votos no Senado contra os direitos trabalhistas.

Republicanos
Outra bancada que jogou contra os trabalhadores gaúchos foi a do Republicanos, partido pelo qual o general Hamilton Mourão concorre ao Senado. De seus três deputados – Liziane Bayer, Carlos Gomes e Marcelo Brum – um votou 80% contra e os outros dois, 100% contrariamente.

PSD
Dos três deputados do PSD, mesma agremiação da candidata ao Senado Ana Amélia Lemos, dois deles – Nereu Crispim e Paulo Caleffi – votaram 100% contra os trabalhadores – e um, Danrlei de Deus, jogou pela equipe adversária em 62,5% das votações.

PSDB
Partido do ex-governador e candidato ao governo, Eduardo Leite, o PSDB vestiu a camiseta do time de oposição à classe trabalhadora. Da dupla de parlamentares gaúchos, Lucas Redecker, votou 100% contra, enquanto Daniel Trzeciak foi só um pouquinho menos pior: 90% contra.  

NOVO
Marcel Van Hatten, do partido NOVO, votou 90% contra os trabalhadores.

PTB
Santini, o único deputado do PTB/RS, votou a favor dos trabalhadores em apenas uma ocasião. E ficou do lado oposto por seis vezes.

PODE
O PODE, ex-PTN, tem apenas um representante gaúcho. É Maurício Dziedricki que votou em 100% das oportunidades contra os interesses dos trabalhadores.    

E quem votou a favor dos trabalhadores?


Parlamentares protestaram, no Plenário da Câmara, contra a aprovação da reforma da Previdência / Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O DIAP constatou que, entre os gaúchos, os/as deputados/as que ficaram ao lado dos trabalhadores foram os seguintes: Paulo Pimenta, Maria do Rosário, Henrique Fontana, Elvino Bohn Gass, Dionilso Marcon. Todos do PT. Mais Pompeo de Mattos e Afonso Motta, do PDT, além de Fernanda Melchionna (PSOL) e Heitor Schuch (PSB).  

“Antes de votar é importante analisar o perfil do/a candidato/a”, avisa o secretário de administração da CUT, Ariovaldo de Camargo. “Se ele nunca votou ou votou muito pouco a favor do trabalhador, já se sabe que não mudará de opinião durante as próximas votações de projetos de interesse da classe trabalhadora”, acentua. E emenda: “É muito fácil prometer e não cumprir a promessa”.

Somando-se todo o país, somente 21,9% dos/as parlamentares votaram com os trabalhadores, incluindo-se tanto a Câmara quanto o Senado. O que representa apenas 129 deputados e senadores. São principalmente os que fazem oposição ao governo Bolsonaro.

A maioria dos candidatos à presidência e à vice não possuem hoje mandato no Congresso. Entre os congressistas que postulam a presidência, a senadora Simone Tebet, do MDB, votou contra 83,3% dos projetos ligados aos direitos trabalhistas. E outra senadora, Soraya Thronicke, do União Brasil, votou 100% contra.


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Edição: Katia Marko