“Olha aí a pouca vergonha dos bombeiros de São Leopoldo. No dia 23/11 eles não entraram no valão pra salvar meu filho, mas hoje, dia 6/1 eles tão dentro do valão pra pegar um cachorro. Cadê o juramento deles? Quero justiça.” O desabafo foi feito por Simone de Souza, mãe do adolescente Jeferson Vinícius de Souza Borges, que perdeu a vida ao cair no valão na Avenida João Corrêa, em São Leopoldo, Região Metropolitana de Porto Alegre.
O acidente fatal que tirou a vida do jovem leopoldense aconteceu na noite do dia 23 de novembro. De acordo com Simone, Jeferson estava indo comprar gás para a família. “Tinha uma bola a dias no valão, e quando ele estava indo comprar o gás quis descer para pegar a bola. Ele foi descendo pelo muro, quando colocou o pé lá embaixo escorregou e caiu. Neste local, o valão tem 5 metros de profundidade.” O local fica entre a Rua Jacy Porto e a Avenida Thomas Edson, no bairro Vicentina, em um trecho sem grades de proteção.
O local fica entre a Rua Jacy Porto e a Avenida Thomas Edson, no bairro Vicentina, em um trecho sem grades de proteção. / Foto: Reprodução
Muitas pessoas estavam no local e presenciaram o acidente. Os relatos são que os bombeiros foram imediatamente chamados, quando chegaram o Jeferson ainda estava vivo pedindo socorro, mas os bombeiros chegaram sem material para o resgate. “Além disso, na hora de retirar o corpo do valão puxaram ele pelo pescoço. Sua mãe e todas suas irmãs pequenas viram a cena. Tem muitas testemunhas que tentaram ajudar e afirmam a negligência dos bombeiros”, afirma uma das testemunhas.
Após 45 dias do ocorrido, quando deveria ser divulgado o laudo pericial, Simone, através de sua rede social, fez o relato de que os bombeiros teriam, na manhã desta sexta-feira (6), entrado no valão para salvar a vida de um cachorro. “Desde as nove da manhã os bombeiros estão no valão para salvar um cachorro e para salvar o meu filho eles não puderam entrar, daí eles não tinham equipamentos. Depois eles vêm dizer que a culpa não foi deles. Se eles tivessem feito isso, a primeira vez que eles vieram ali pelo meu filho, ele estaria hoje aqui comigo”, desabafa. o laudo ainda não foi divulgado.
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Edição: Katia Marko