O Sopapo Poético deste mês de abril traz para o centro do círculo da poesia a Banda Kalunga, destacando as composições do mestre Telmo Flores.
O sarau acontece no Afrosul Odomodê (Av. Ipiranga, 3850, Bairro Jardim Botânico, em Porto Alegre), na próxima terça-feira (25), às 19h30min. A entrada é franca.
Além do sarau, a Feira Afro acompanha e apoia o Sopapo Poético desde suas primeiras edições. Reúne afroempreendedores e artesãos, com diversidade de produtos e estilos, voltados para a identidade étnica. Artesanato, alimentação, literatura, estética cultural, vestuário, cosméticos naturais, música e muito mais.
Também acontece junto o Sopapinho Poético, com a proposta de desenvolver o interesse pela cultura e pela poesia nos pequenos. As atividades do Sopapinho, paralelas ao sarau, são direcionadas para crianças de todas as etnias e envolvem brincadeiras, artes visuais, canto, contação de histórias e a participação na roda de poesia.
O sarau Sopapo Poético é promovido pela Associação Negra de Cultura (ANdC) desde 2012. Como outros saraus afro-brasileiros, o encontro evoca o protagonismo negro, em uma roda de atuações, reflexões e de convivências afrocentradas, reunindo artistas, pensadores e simpatizantes da cultura negra de resistência.
Banda Kalunga Quilombola
A Banda Kalunga surgiu em 2014 na cidade de Porto Alegre, com o propósito de levar a luta quilombola para o contexto artístico e cultural.
A banda se define "como uma conexão de diversas mentes em torno das composições do mestre griô Telmo Flores". A Kalunga traz em seu repertório um conteúdo voltado à luta antirracista e à afirmação dos quilombos como espaços de empoderamento e preservação da cultura africana, de protagonismo negro e de criação.
Sobre Telmo Flores
Telmo Eduardo Flores, conhecido como "mestre Telmo", é o vocalista e principal compositor do grupo. Suas composições, além de resgatarem a histórica resistência afro-brasileira, abordam temáticas contemporâneas, como a criminalização da população negra e periférica, a brutalidade policial, o poder da mulher negra, o racismo velado e as dificuldades impostas à população negra pelo sistema opressor.
O mestre Telmo Flores também possui uma importante trajetória de militância junto ao Movimento Negro Unificado (MNU) e à Frente Quilombola, além de um passado carnavalesco, como integrante da Imperadores do Samba e, posteriormente, como um dos fundadores da Escola de Samba do Quilombo do Areal da Baronesa.
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Edição: Katia Marko