Rio Grande do Sul

LITERATURA

Artista grafiteiro gaúcho lança campanha de financiamento para a publicação de seu livro

A obra traz relatos do artista Amaro Abreu durante os meses em que viajou pelo Oriente Médio

Brasil de Fato | Porto Alegre |
A foto de capa será da fotojornalista Nair Benedicto e a diagramação de Vitor Mesquita - Foto: Nair Benedicto

Reconhecido mundialmente pelo seu trabalho que retrata o imaginário de um planeta desconhecido com paisagens, plantas e seres que habitam um lugar utópico, evoluindo em plena harmonia com a natureza. O artista grafiteiro gaúcho Amaro Abreu lança campanha para publicação dos seu segundo livro. Na obra O Islã e a Maçã, pela Editora Pubblicato, estão registrados relatos do artista durante os meses em que viajou pelo Oriente Médio, passando inclusive pelo simbólico campo de refugiados palestinos Nahr al-Bared. 

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O livro terá prefácio das jornalistas Eliane Brum e Lelei Teixeira e pósfacio de Rosina Duarte. A foto de capa será da fotojornalista Nair Benedicto e a diagramação de Vitor Mesquita. A poeta egípcia Amar Al Qady também participará da publicação. Uma das propostas do projeto é a atuação de diversas mulheres em contraponto com o apagamento feminino nessa região. 


 
O livro pode ser adquirido na pré-venda pelo valor de R$ 60,00. Quem desejar apoiar com o valor de R$ 200,00, levará o livro e uma reprodução de um trabalho. No valor de R$ 400,00, o livro e um trabalho em aquarela original. As contribuições podem ser efetuadas pelo Pix: 51985758561 (quem fizer a compra na pré-venda favor colocar o número de contato na descrição do pix).

Sobre o artista

Amaro Abreu se formou em Artes Visuais e trabalha com arte urbana desde 2007. Ministrou durante cinco anos oficina de grafitti para crianças do Ensino Público, pelo projeto Mais Educação. Já pintou e participou de eventos em diversos países da América e Europa.

Radicado em São Paulo, Amaro é autor de cinco exposições individuais compostas por obras em aquarela e nanquim. Realizou pinturas nos escombros do muro de Berlim, na cidade francesa de Nanterre, onde aconteceram as manifestações estudantis em maio de 1968. Assim como uma temporada no México, onde conheceu o grafiteiro Duek Glez, com quem assinou uma obra classificada entre as melhores do mundo, em 2016, pela agência norte-americana I Support Street Art. 

Sua obra, El Sonido Gris, foi selecionada como uma das melhores ilustrações da América Latina e publicada no livro Colores Latinos, produzido pela Facultad de Diseño y Comunicación de Palermo (Buenos Aires, Argentina). 

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Em 2018, esteve em uma residência no Oriente, passando por Egito, Líbano, Síria e Índia, participando da Bienal do Cairo e pintando em campos de refugiados de pessoas da Palestina e Síria.

Realizou a exposição individual ''Vida Paralela'', que passou pela Galeria Mario Quintana, em Porto Alegre, pelo Instituto Goethe de Salvador, Bahia e pela Jefrey Store, no Rio de Janeiro. Publicou o livro "Habitat" pela Editora Libretos com desenhos e escritos sobre sua trajetória artística.

No ano passado o artista gaúcho foi o único brasileiro a participar da IV Artmosphere Biennale, que reuniu 48 artistas, de várias regiões do mundo, na cidade de Moscou (Rússia). Em entrevista ao Brasil de Fato RS, no ano passado, Amaro falou de sua trajetória e da importância da arte de rua.

“Quando comecei, mesmo que estivesse fazendo um trabalho colorido, isso era visto como pixação ou vandalismo. Hoje, é visto como um artista importante na sociedade. Acho que falta um pouco de autonomia de pensamento nas pessoas, elas só aceitam quando é aceito pela sociedade em geral.”


Edição: Katia Marko