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Assembleia de Convergência reuniu centenas de pessoas para debater o SUS e a saúde pública

Evento do Fórum Social das Resistências tratou sobre o controle social sobre a saúde e o combate à pandemia

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Conselho Nacional de Saúde (CNS) promoveu a Assembleia de Convergência “Em defesa do SUS, da Rede Pública de Proteção Social e dos direitos das vítimas da Covid-19" - Reprodução

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) promoveu a Assembleia de Convergência “Em defesa do SUS, da Rede Pública de Proteção Social e dos direitos das vítimas da Covid-19”.

A assembleia foi organizada em parceria com o Conselho Estadual de Saúde do RS (CES/RS), com o Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegre (CMS/POA), Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 (Avico Brasil) e Associação Nacional em Apoio e Defesa dos Direitos das Vítimas da Covid19.

:: Confira a cobertura completa do Fórum Social das Resistências ::

O evento integrou a programação do Fórum Social das Resistências 2022 e está disponível no Facebook e Youtube do CNS.

Para o presidente do CNS, Fernando Pigatto, o evento reforça os posicionamentos da sociedade civil, dos trabalhadores e das entidades da saúde diante da pandemia, que ainda não teve fim. “Esta assembleia é um ponto importante dessa convergência que procuramos criar, para poder seguir nesta luta de combate à pandemia”, afirmou ele. “É num sentimento de muita esperança que estamos aqui, no esperançar de Paulo Freire. É com muita luta que precisamos garantir que a esperança aconteça todos os dias.”

A representante do Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegre, Tiana de Jesus, afirmou que essa Assembleia foi um momento de denúncia e de anúncio. “De denunciar toda a situação do SUS desse país, especialmente no município de Porto Alegre, que nesses dois anos de pandemia teve a demissão em massa de trabalhadores da saúde e da atenção básica, com o processo de terceirização através do empresariamento da saúde. Estamos aqui para dizer que resistiremos”, afirmou Tiana.

Integrante da Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas da Covid-19 (Avico Brasil), Paola Falceta, afirmou que, em nome de todos que perderam familiares e aos que sobreviveram à covid, é preciso ter força de luta para reconstruir o país. “Muito mais humanidade do que a gente tem vivenciado nos últimos anos. É neste sentimento que estou aqui com vocês”.

Evento teve lançamento de documentário sobre o SUS

No mesmo evento foi lançado o documentário “Se não fosse o SUS…”, produzido pelo CNS. O filme analisa a crise sanitária a partir de cenas em Unidades Básicas e territórios, com testemunhos de trabalhadores, usuários e integrantes de conselhos de Saúde. O filme está disponível no Youtube.

Além destes temas, o filme retrata o negacionismo e a falta de ação e coordenação central que seguem atuando no cenário da saúde no país. Para o presidente do Conselho Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (CES/RS), Cláudio Augustin, o documentário reforça a necessidade de uma reconstrução nacional e de reconstrução do SUS, em que é preciso manter as forças unidas.

Para a conselheira nacional de saúde Sueli Barrios, o filme mostra um pouco da potência do sistema de saúde nacional. “Após assistirmos o documentário ficamos pensando, de fato, se não fosse o SUS, o que seria do nosso povo brasileiro?", questiona.

O documentário foi dirigido pelo cineasta Guilherme Castro. Para ele, “não se trata apenas do SUS, o que está em questão é a democracia e a educação política e a capilaridade que tem esse processo”, avalia.

A produção do documentário integra as ações do projeto de Formação para o Controle Social no SUS, desenvolvido pela Comissão Nacional de Educação Permanente do CNS.

Com a iniciativa, o filme soma-se às diversas oficinas de formação que já foram realizadas para capacitar conselheiros e conselheiras de saúde e lideranças de movimentos sociais, com o objetivo de fortalecer a defesa do sistema e multiplicar os esforços para garantir a saúde como direito humano para toda a população.


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Edição: Katia Marko