Rio Grande do Sul

Arte e Cultura

Ói Nóis Aqui Traveiz estreia mostra "Território, Memória, Criação e Formação" em 6 de setembro

A iniciativa integra o projeto "Arte Pública" que tem como objetivo compartilhar o fazer teatral

Brasil de Fato | Porto Alegre |
"Evocando os Mortos Poéticas da Experiência", com a atriz Tânia Farias - Foto: Ói Nóis Aqui Traveiz

Com programação para todas as idades, gêneros, etnias e classes sociais, a Mostra de Repertório, da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, se divide em quatro eixos temáticos - Território, Memória, Criação e Formação - e trará atividades diversas, gratuitas, híbridas (presenciais e virtuais) e acessíveis. A iniciativa integra o projeto "Arte Pública", que conta com o apoio da Fundação Nacional de Artes (Funarte). 

A estreia acontece no dia 6 de setembro, às 20h, com a performance cênico musical "Violeta Parra - Uma Atuadora", na Terreira da Tribo, localizada na Rua Santos Dumont, 1186, no bairro São Geraldo, em Porto Alegre. A mostra segue até outubro, incluindo as demais apresentações "Evocando os Mortos Poéticas da Experiência"; "Quase Corpos, Episódio 1 - A Última Gravação'' e "Manifesto de Uma Mulher".

Sinopses 

Violeta Parra - Uma Atuadora: Na voz da atuadora Tânia Farias e do violonista e compositor Mário Falcão, acompanhados pelos músicos Johann Alex de Souza e Nenê Falcão, a performance cênico musical se solidariza com o povo chileno no atual contexto de luta por melhores condições de vida e apresenta um repertório que mistura o andino com ritmos brasileiros. Com esse viés mestiço a performance veste as canções deste ícone da arte da América do Sul. Violeta Parra cantora e violonista desde criança, pesquisou ritmos, danças e canções populares, transformando-se em ponta de lança do movimento da “nueva canción” que projetou a música chilena no mundo. Conhecida no Brasil principalmente pelas composições “Gracias a la Vida” e “Volver a los 17”, seu legado é inestimável para a música engajada latino-americana. 

Evocando os Mortos Poéticas da Experiência: Com criação e atuação de Tânia Farias, a atuadora refaz o caminho de suas vivências pessoais na construção de personagens emblemáticos da dramaturgia contemporânea. A desmontagem visa propor uma reflexão sobre a relação entre gênero e limites artísticos.  

Quase corpos, Episódio 1 - A Última Gravação: A encenação coletiva, versão livre da peça "Krapp's Last Tape", mostra o confronto de um senhor de 69 anos com o seu passado. Ao escutar num antigo gravador a fita-registro sua própria voz narrando extintas aspirações, lembranças de amores perdidos, a morte da mãe e a esperança não confirmada de um êxito comercial literário, o velho homem passa a refletir sobre solidão, sofrimento, fracasso, angústia e morte. O elenco inclui atuação de Paulo Flores, figurino e adereços de Tânia Farias, cenografia de Eugênio Barboza e Tânia Farias, iluminação de Clélio Cardoso e Lucas Gheller, sonoplastia e operação de luz e som de Roberto Corbo.


Em "Quase corpos, Episódio 1 - A Última Gravação", Paulo Flores interpreta um personagem amargurado, a remoer-se em solidão / Divulgação

Manifesto de Uma Mulher: A performance é um ato político contra a violência de gênero e traz a leitura de um texto manifesto nas vozes de Violeta Parra, Gioconda Belli e de Tânia Farias, que ousa contar detalhadamente sua história pessoal de violência sofrida. O espetáculo é também uma homenagem à memória de Magó, bailarina barbaramente violentada e assassinada em 2020. 

Programação

Violeta Parra - Uma Atuadora: Dias 6 de setembro, 4 e 11 de outubro; 

Evocando os Mortos Poéticas da Experiência: Dias 12 e 13 de setembro; 

Quase Corpos, Episódio 1 - A Última Gravação: Dias 19 e 20, 26 e 27 de setembro;  

Manifesto de Uma Mulher: Dias 3 e 10 de outubro. 


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Edição: Katia Marko