Rio Grande do Sul

EDUCAÇÃO PÚBLICA

Congresso do CPERS Sindicato renova disposição para a luta de educadores e educadoras do RS

Décima primeira edição encerrou com publicação da Carta de Bento Gonçalves e de manifesto contra o trabalho escravo

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Congresso reuniu 1.500 educadores e educadoras em Bento Gonçalves entre os dias 26 e 28 de maio - Foto: Divulgação CPERS Sindicato

Cerca de 1.500 trabalhadores e trabalhadoras da educação pública estadual reuniram-se durante três dias no município de Bento Gonçalves, na Serra gaúcha, para debater o destino do CPERS Sindicato e os rumos da luta sindical e em defesa da escola pública. O 11º Congresso Estadual do CPERS – Democracia Viva, Educação Presente encerrou no domingo (28) com a aprovação da Carta de Bento Gonçalves e do manifesto “Rompendo as correntes da opressão: não ao trabalho escravo, sim ao trabalho decente”.

De sexta-feira (26) a domingo, os congressistas realizaram um balanço da atuação do sindicato desde o último congresso, realizado em 2019. Foram analisadas e aprovadas as teses elaboradas pelas diversas correntes que compõem a entidade.

No encerramento, a presidenta do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, afirmou que o congresso renovou as esperanças para a luta, trazendo mais força e união. Segundo ela, “é com esta força e unidade” que a categoria seguirá em “resistência contra tudo e todos que atacam a educação pública” e também aos trabalhadores no estado.

“Juntos, firme e cientes da nossa justa luta, vamos seguir exigindo o respeito e a valorização dos professores e funcionários de escola, da ativa e aposentados e defendendo a IPE Saúde público e solidário. Nossas plenárias seguem e, no dia da votação do projeto na Assembleia Legislativa, seremos milhares para impedir mais esse ataque do governo Eduardo Leite”, ressaltou Helenir.

Carta e manifesto


Segundo a presidenta do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, congresso renovou as esperanças para a luta da categoria / Foto: Divulgação CPERS Sindicato

O encerramento dos trabalhos se deu com a leitura da carta e do manifesto. A carta destaca que a atual conjuntura política nacional "esperançar um Brasil sem fome, sem preconceitos, sem violência e sem ódio". Mas destaca a necessidade de manter a vigilância para reverter as perdas e batalhar por direitos.

Nesse sentido, reforça "a importância dos profissionais da educação na formação de cidadãos e no desenvolvimento do país". Aponta, porém, a situação de "miséria" em que se encontram as educadoras e os educadores do estado e cobra políticas de valorização. Defende ainda a luta pelo IPE Saúde, contra a reestruturação sugerida pelo governo estadual.

Também pede a revogação imediata do Novo Ensino Médio, além de ressaltar a necessidade de um ambiente seguro para o aprendizado, citando a questão da segurança nas escolas. Por fim, ressalta a relevância do sindicato como "maior instrumento de luta coletiva".

Já o manifesto aponta como "estarrecedora" a prática do trabalho escravo em diversas cidades do Brasil, o que a categoria entende que não pode ser tolerado. Lembra que o Rio Grande do Sul possui, desde 2013, um Plano Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo e cobra urgência na concretização de "ações que impeçam que essa prática desumana siga ocorrendo".

Confira a Carta de Bento Gonçalves | Democracia Viva, Educação Presente

Confira o Manifesto “Rompendo as correntes da opressão: não ao trabalho escravo, sim ao trabalho decente”


Edição: Marcelo Ferreira